domingo, 3 de abril de 2016

[Bate Papo de Buteko]: Panorama Virtual e Físico da Cadeia Produtiva / Poletto e Mariano



Estava eu e o Poletto discutindo sobre as “manifestações demoníacas” (kkkk) atuantes nas redes sociais atualmente que almejam manipular por este meio, em conjunto a ações físicas, toda a cadeia produtiva do nosso setor. Como tanto eu quanto o Poletto somos malucos, com mania de perseguição e conspiração, eis que nos achamos no dever e obrigação, assim como o Dom Quixote de la Mancha e o Sancho Pança, de lutar bravamente contra estes grandes, maquiavélicos e extremamente perigosos moinhos. (kkkk)

Pois bem... Nós da Marcenaria BRASIL desde tempos longínquos, lá no Orkut, iniciamos um movimento de valorização e união das profissões envolvidas por meio do debate sadio (nem sempre, kkkk) entre as partes levantando diversos temas. E ano passado o tema Regulamentação do Design e Design de Interiores virou o assunto em pauta, regulamentações estas que naufragaram juntamente com toda a Política e Economia do nosso amado e sofrido Brasil. Até então estas “Forças Demoníacas” eram contra a aproximação e união das classes, bloqueavam qualquer ação neste sentido, foi o que aconteceu com o nosso Projeto Áquila que visava uma dinâmica entre designers e marceneiros de lugares diferentes do Brasil se juntando na criação de peças de cunho artístico autoral utilizando sobras da marcenaria ou matéria prima reciclada, pegada no lixo; foi uma verdadeira GUERRA o que deveria ser muito simples e produtivo, mas conseguimos mesmo assim realizar algumas peças bem interessantes e em breve vamos dar continuidade a esse movimento. Mas agora mudaram da água pro vinho, devem ter arrumado uma formar de faturar sobre isso, e passaram a fomentar a união das classes partindo dos grupos de marcenaria que são os únicos que se mantiveram ativos e produtivos, marceneiros se comunicam, diferente dos designers e arquitetos que só sabem ficar de MIMIMI, nós marceneiros metemos o loko, foda-se! kkkkkkk

Até vejo com bons olhos, porém já vou logo avisando que este público (designers, arquitetos, decoradores, artistas, engenheiros, etc.) são tão ou mais revoltados do que eu, e basta sentirem o cheiro de manipulação no ar para debandarem geral. Fórmulas enlatadas de marketing meia boca não funciona neste meio, sendo assim joguem limpo, cheguem em público e abram o livro negro, quem sabe não podemos nos ajudar, reciprocidade é a palavra de ordem. Falem logo que porra de produto ou serviço querem vender e parem de tentar manipular o que é impossível controlar, pois esta gente tem opinião própria, fato!

Neste bate papo o Poletto se empolgou legal e soltou uma avalanche de questionamentos bastante pertinentes embasados nos debates recentes dos grupos envolvidos e interligados:

Somos obrigados a engolir o que a industria tenta nos empurrar?

Por que essa mania de copiar Milão se perpetua? Até quando?

Devemos continuar a seguir tendências e modas pregadas pelos planejados/modulados? Ou as marcenarias podem e devem explorar sua liberdade criativa/produtiva?

Você deixaria suas próprias idéias de lado submetendo-se ao padrão por eles estabelecidos apenas por que é mais fácil e supostamente mais lucrativo?

E essa tentativa de empurrar o MDP ao mercado sob medida? Será que essa ação para melhorar a imagem ruim que o MDP herdou do Aglomerado é nobre ou mais uma tentativa de manipular o marceneiro a abrir mão de seu diferencial perante às marcas populares de modulados?

Tenho que possuir todas maquinas de ponta oferecidas para atuar no mercado e ter uma boa lucratividade?

Só posso projetar seguindo o softwares do mercado como o Promob e seus modelos pré concebidos? Ou existem formas de fugir destes programas especializados do setor?

Como ter uma identidade diante a tanta alienação num mercado onde tudo parece cópia? Onde copiar deixou de ser uma vergonha e passou a ser uma prática banal?

E essas tabelas que a ABD e o CAU teimam em impor ao mercado enquanto bem sabemos que cada profissional de projeto explora um nicho diferente, possui deveres e obrigações desproporcionais e formas diferentes de captar seu lucro???

E estas campanhas contra a famosa RT??? Seria a ética uma possibilidade real ou apenas uma utopia cobrada de apenas uns coitados pegos para Cristo?

E essa tendência do faça você mesmo? Isso não desvalorizou a profissão de marceneiro tendo em vista que temos cada vez mais hobbistas desrespeitando os profissionais nos grupos e no mercado? Tais hobbistas, que perderam seus empregos por causa da crise estão invadindo o mercado e produzindo móveis que cedem com o próprio peso, pois ainda não possuem noção de estruturação e utilização de ferragens. O cara assiste meia dúzia de vídeos no Youtube e sai vendendo móveis sob medida utilizando os serviços de corte e bordeamento dos fornecedores, outro tiro no próprio pé do mercado. Será que esta democratização do setor é mesmo favorável ao coletivo a médio e longo prazo? Qual será o futuro deste mercado?

E esse pessoal que arruma um Promob pirata e estão invadindo as redes com uma avalanche de projetos (se é que podemos chamar propostas 3D de projetos) sem ergonomia, estruturação e demais conhecimentos técnicos indispensáveis vendendo de 50 a 100 conto o ambiente? Bastou aprender a mexer no Promob já é projetista?

Qual a diferença entre marceneiro e caixoteiro?


Kkkkkkkkkkkkkkk

O velhaco meteu o loko!!!

José Benedito Poletto














Luiz Mariano














Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL



Nenhum comentário:

Postar um comentário