domingo, 31 de dezembro de 2017

Design Paramétrico sem uso de Software Dedicado:

Mesa de Centro FX (Função de X)


Dados Técnicos:

Dimensões: 90cm (Largura) x 47cm (Altura) x 90cm (Profundidade)
Peso: 10k
Matéria Prima: Sarrafos de Cedrinho Reciclados
Biblioteca 3D SkechUp: Download do Modelo AQUI!!!

Vocabulário:

Matemática, Função, Design, Marcenaria, Carpintaria, Artesanal, Arte, Improviso, Sustentabilidade, Provocação, Desafio, etc.

Conceito: 

Usar um código matemático para fazer design! Segue a linha do Design Paramétrico, porém sem o uso de software específico, ou seja, foi feito na raça a moda antiga com a ajuda do SketchUp para variar.


Coordenadas Cartesianas Tridimensionais.
As formas desta peça foram criadas à partir destas três funções de primeiro grau que definiram as coordenadas cartesianas tridimensionais (x, y, z)  que regraram o movimento que desfigurou esta figura (quadrado) inicial.


Figura inicial.
Comecei a movimentar a ponta inferior direita deste quadrado conforme a primeira coordenada da tabela: 
X (Direita = positivo e Esquerda= negativo) ------------0cm
Y (Frente =  positivo e Trás = negativo)------------------(-10cm)
Z (Cima = positivo e Baixo = negativo)------------------3cm

Depois movimentei o ponto inferior esquerdo com a segunda coordenada e continuei fazendo o mesmo seguindo o giro sentido horário.

O resultado foi esta figura a seguir:

Com esta figura usei a ferramenta Siga-me do SketchUp para usar o contorno como modelo:

Depois apaguei os riscos e obtive esta figura que pintei de amarelo:

Por fim multipliquei esta mesma figura (peça) por quatro girando em +90 graus cada uma:

Este foi o resultado final obtido:


Depois resolvi fazer uma segunda versão melhorada com sarrafos mais finos e resolvi a questão do posicionamento das peças para fortalecer a estrutura:





Protótipo com Retalhos de MDF de 15mm:

Fiz esta experimentação usando o MDF para testar os ângulos, mas acabei errando um que modificou todo o resultado plástico da peça, mas serviu para provar que a peça era executável.










Mais uma peça para a coleção. hehehe

Protótipo com Madeira Maciça (Cedrinho):

Agora nesta segunda tentativa acertei o ângulo conforme a proposta 3D e consegui alcançar o resultado desejado com extremo sucesso. Agora só falta cavilhar e pintar a gosto.







Resultado final sem Acabamento e sem o Tampo de Vidro.


Esta peça foi o meu maior desafio até o momento, toda vez que olho pra ela fico hipnotizado. hehehe

Associação: Estrela ou Aranha.


Luiz Mariano 

AUTODIDATA apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, debate, filosofia, etc...

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sábado, 30 de dezembro de 2017

Mercado pós-crise.



Estamos aqui na véspera de virar o ano e entrar em 2018 que promete ser mais leve. Acredito que a retomada do crescimento de nosso país seja lento, porém crescente e sem grandes solavancos. Fica evidente que o povo cansou de falar de crise, se acalmou e agora cada um esta passando a tocar sua vida da melhor forma possível. Não gosto de ser pessimista, mas percebo que passamos por tudo isso atoa, toda essa briga contra a corrupção e as prisões “para Inglês ver” apenas serviram para tirar o poder das mãos de uns e passar para as mãos de outros, nada mudou, nada mudará. A corrupção é um problema cultural no Brasil, é congênito, o povo é corrupto. Quero estar errado, quem sabe tudo isso foi o despertar de uma nova consciência, né?

Agora nos resta ponderar sobre os efeitos da crise no comportamento dos consumidores...

Uma das características da minha geração, os millennials (a geração Y, pessoas nascidos entre 1980 e 1990) é a ansiedade exacerbada, mania de grandeza, dependência pela tecnologia e vício com redes sociais, uma enorme capacidade intelectual podada por uma personalidade dramática, sensível, que não gosta de ser contrariado nem a pau, geração MIMIMI como é chamada. Tal geração que está beirando os 40 anos agora e começando a sair da casa dos pais sofreram a experiência de sua primeira grande crise. Tinham uma autoestima e expectativa super elevadas, achavam que iam mudar o mundo, criar negócios fantásticos, trabalhar só naquilo que realmente gostavam e acreditavam e tal. Mas os anos passaram e a maioria desses grandes heróis não conseguiram nem comprar uma casa própria e ter a tão sonhada independência financeira, quem dirá a independência emocional. Pra falar a verdade o emocional é o seu grande ponto fraco, o Calcanhar de Aquiles, pois realmente criaram grandes e inovadores negócios, realmente eram intelectualmente mais capacitados que seus pais e avós, porem a falta de capacidade de gerir o seu próprio emocional e de seus colaboradores acabaram minando seus resultados. Falo por experiência própria, pois sou um desses millennials frustrado de merda que se achava o tal e se fudeu gostoso. Kekekeke

Estou focando na geração Y porquê esta geração é a que está agora entrando no topo dos consumidores em potencial e entender como suas cabeças funcionam é de vital importância ao sucesso dos negócios. É uma geração de mimados bem informados devido à Internet e Redes Sociais que vão a todo custo querer provar que ter informação é sinônimo de inteligência, mas não sabem digerir tantos dados e ficam perdidos nas mãos dos influenciadores digitais fakes maquiavélicos demoníacos (odeio eles e quero que queimem no inferno, kekekeke, zueira) e vão chegar ensinando o profissional como fazer o serviço, não são consumidores pacíficos que aceitam tudo sem questionar, questionam até de forma agressiva e desrespeitosa cada detalhe sem nem mesmo perceberem tal falha de postura. Nessa onda as outras gerações anteriores também embarcaram de cabeça, então devemos sempre ser sinceros e prever reações devido ao senso comum criado pelas redes, tolerar o comportamento e deixar de ser igualmente emocionalmente fraco, não dê tanta importância para o que os clientes dizem que possa te afetar, pense sempre que se trata de um negócio, seja firme o suficiente para agregar valor, mas não tão firme que possa fazer o cliente ter um ataque de MIMIMI e perder o negócio. Kkkk Costumo dizer que temos muito a aprender com a postura autocrata da geração X que tem certeza de tudo o que faz mesmo estando totalmente errados e saem derrubando qualquer pessoa que ficar na frente, devemos usar uma pitada disto em nossos temperos. Nem sempre as pessoas vão concordar com a gente, e se tratando de negócios, quase nunca, sempre vão querer tirar proveito de nossa necessidade de fazer tudo certinho, pelo menos na nossa ingênua visão idealista de merda.

Outra característica marcante dos millennials é a necessidade de gerir múltiplas tarefas, eles não conseguem focar num só projeto por vez, não conseguem ou não gostam. Não vejo problema algum nisso, costumo defender que devemos ter uma atividade que pague as contas e tentar ter o máximo de tempo livre para testar novas ideias sem esse compromisso sufocante de obter resultados financeiros.

Seção auto ajuda... Repete comigo: Deu tudo errado no seu plano mirabolante de ficar rico salvando o mundo? Foda-se! Hehehe
Sim... É hora de diminuir as expectativas e por conseqüência a ansiedade, dar uma pausa nas idéias grandiosas e revolucionárias e passar a dar valor nas coisas simples da vida, no poder do trabalho diário de subir um degrau por dia, sem pressa, construir algo grande ainda, mas um tijolo por vez. Dar valor no que já conquistou, revisar os erros do passado, recuar, reduzir custos, aprender o valor da humildade não deixando o ego e a capacidade de sonhar ser afetado pela crise.

Dinheiro deixou de ser anjo ou demônio e passou a ser apenas uma necessidade básica!

 Estudos demonstram que agora todo mundo vai parar de se endividar tanto e vão passar a esperar ter condições reais, dinheiro no bolso, para dar um passo maior. Eu mesmo consegui reverter minha caótica situação financeira paralisando e isolando os erros do passado no passado, dando mais atenção para o que estava dando resultados favoráveis, dispensando todos os funcionários e passando a trabalhar completamente sozinho e reduzindo todos os custos possíveis. Estou atendendo um cliente de cada vez e fazendo atividades que me trazem paz e prazer, porém sem retorno financeiro, em paralelo para esfriar a cabeça e parar de ser tão obcecado com o negócio como eu era antes. Parei de dar importância e de até incentivar as críticas de parentes, amigos e conhecidos que não pagavam minhas contas e não ajudavam em nada, como também aos palpites e mais palpites dos clientes que adoravam me ensinar a tocar meu negócio sem real experiência alguma sobre a causa e tal. Questão de amadurecimento ao meu ver, eu queria ser perfeito, agradar todo mundo, mas agora sei e aceito que isso é impossível, que o que realmente importa são resultados favoráveis dentro da maior ética possível.

Não basta fazer o certo, a coisa tem que dar certo!

A grande sacada agora para o universo da marcenaria sob medida, design de interiores e arquitetura é deixar a idéia de fazer volume e ter estrutura física inchada de lado e passar a valorizar o lucro real fugindo de faturamento bruto elevado somado a um alto grau de responsabilidade e risco. Nunca o termo “menos é mais” foi tão adequado. É tempo de pés no chão, de agregar valor subliminar, intangível, aos produtos e serviços ao invés de se aventurar em grandes jogadas, automação, expansão, contratação, empréstimos, etc. E os consumidores já estão fazendo o mesmo. ECONOMIZAR é palavra chave! Devemos crescer em QUALIDADE, não em quantidade. Se posso lucrar mil vendendo 10 mil, por que vou correr o risco de ter prejuízo vendendo 100 mil? Não adianta querer produzir algo que vá competir diretamente com as grandes indústrias automatizadas e tentar fazer volume na base de sacrifícios, devemos fazer aquilo que as indústrias não conseguem fazer, atender necessidades que é impossível ou inviável a elas por N motivos. Chega de pensar como modernista foco, força e fé e passar enxergar as possibilidades que uma atuação pós-moderna pode trazer, algo que segue a estética modernista contemporânea, porém seguindo processos mais sob medida, respeitando mais o individualismo, atendendo nichos mais específicos de gosto mais refinado, uma pegada mais artesanal até. Mais humana, menos máquina e processo.  

Consumo consciente, adquirir apenas o que é realmente necessário às necessidades diretas e indiretas, uma nova visão onde ter experiências passou a ser mais importante que acumular bens, tudo isso são mais características desta geração Y, questão está que está totalmente certa, devemos parar de entrar em conflito com os valores das gerações anteriores em nossa cabeça e viver o melhor possível do jeito que a gente é, nos aceitar, nos firmar, é isso aí! Hehehe E com isso preparar um mundo mais leve para nossos filhos, com menos cobranças, menos ganância, menos, menos... Maior qualidade de vida, lembrando que tudo é uma questão de percepção, até a realidade.

Não! Não vou abordar temas pseudo religiosos/espirituais, pois acredito que o momento de fazer as pazes com o universo místico já foi, 2018 é hora de se voltar ao plano físico caindo de cabeça na realidade, no concreto, tendo em vista que se estamos no plano físico é obvio que temos um fundamento a cumprir com ele, então mãos à obra e chega de esperar que Deus resolva todos os nossos problemas, o máximo que podemos fazer é pedir força e partir para a ação sem euforia. Fato fractal áureo. Muito louvável da parte dos millennials esta retomada às preocupações espirituais, busca pela verdade metafísica e tal, mas essa mesma verdade nos revela que é hora de cair na real, buscar um equilíbrio entre espiritual e físico, somar tudo e viver melhor em todos os campos, em todos os aspectos. Busque o equilíbrio entre seu lado negativo e o positivo, seja um ser completo, coloque a mão esquerda pra trabalhar junto com a direita, os dois olhos fixos num foco e atento a visão periférica. hehehe

O ser humano é um todo, não é apenas metade ou uma parte! 
TOTALIDADE! INDIVIDUAÇÃO!!!

FELIZ ANO NOVO CAMBADA DE VAGABUNDAÇOS! KEKEKEKE


Santo André, 30 de Dezembro de 2017.

Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, filosofia, comunicação, etc... Pela vida!

Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL


Artesanato Urbano + Design Autoral

Banco do Paraíba


Apresento o Banco do Paraíba, uma criação de cunho artístico autoral assinado por mim que une Design e Artesanato Urbano, no caso Crochê que fiz com minhas próprias mãos. Aprendi fazer crochê e tricô com minha mãe por volta dos 8 anos de idade quando morava em Chapecó, SC. Ela me ensinou escondido do meu padastro que era machista e desde então pouquíssimas pessoas souberam disso. kekekeke

Existem muitos preconceitos nesta sociedade e eu sempre achei que os "preconceitos menores", aqueles cotidianos e banais provenientes da maldade subliminar das boas pessoas de bem ......São as que mais fodem nossas vidas! Fato fractal áureo!!! hehehe Mas hoje em dia até nas cadeias presos machos pra KCT fazem crochê, tricô e vários outros artesanatos para manter a sanidade dentro do possível. Vai dizer pra essa turma que isso é coisa de muiezinha e de desocupado fresco, vai! kekekee

Quem é hétero sofre muito preconceito no universo do design, arquitetura e artes devido ao fato desta área possuir mais mulheres e gay's dominando. Pessoalzinho este bastante encrenqueiro e invejosos que adoram perseguir qualquer pessoa que se mostre mais talentoso do que eles, passam a vida copiando o que os outros fazem, louvando os grandes e derrubando os pequenos. Sei disso por experiência própria. Mas não devo generalizar, claro, porém é uma questão de percepção, digamos assim, estatística qualitativa. rsrsrsrs Vejo isso como grande ferramenta de desmotivação, pois tem muito homem criativo se ocultando em atividades repetitivas e maçantes tidas como coisa de macho para não ter seu ego atacado por gente sem escrúpulos como estes. No fim isto representa uma perda à sociedade, ao coletivo, a meu ver. Estamos enterrando talentos por causa do preconceito, as mulheres e os gay's não respeitam os homens héteros enquanto as mães dos mesmos os criam para ser machistas e passarem a vida toda sentindo culpa e sofrendo as consequências disto. Sociedade insana de fato, problema gigantesco pouco discutido que motiva grandes tragédias. As minorias fomentam o ódio contra si mesmos, bola de neve. (...)

Mas deixemos de divagar sobre as mazelas do ser em sociedade... Porém a ideia de utilizar o artesanato urbano segue o conceito de provocar e evidenciar o preconceito da sociedade artística elitista que não enxerga valor no artesanato urbano, voltando novamente à questão do preconceito. Minha assinatura sempre foi transformar o preconceito em arte, ou melhor, transformar estímulos negativos, o senso comum e tudo mais em algo positivo, que provoque reflexão, questionamento e tal, sou um PROVOCADOR!

Tudo bem que o artesanato regional típico já está sendo explorado e valorizado pelos designers e arquitetos há tempos, se tornaram linhas de produtos de luxo assinadas por renomados, temas de TCC, defendidos em mestrados e tal... Porém minha proposta é ampliar esta visão para o artesanato urbano e o povo de periferia, também, por N motivos... INCLUSÃO SOCIAL!

Faz tempo que esta ideia de criar uma peça que une artesanato urbano com design vem martelando minha cabeça... E agora tive a oportunidade de aproveitar sobras de cordão que minha mãe me deu com umas vigas de Peroba Rosa que ganhei de uma amiga, a Marilei Molina. Tudo material de demolição como sempre. As barras de rosca foram sobras de um trabalho de marcenaria sob medida, não comprei nada, me nego a gastar dinheiro enquanto existe tanta matéria prima grátis disponível.



Quando postei estas fotos no Facebook a turma curtiu pra caramba, foi uma zueira daquelas. kekekek O objetivo era este mesmo. Poucos entenderam o que eu estava realmente fazendo, mas zuaram mesmo assim, pois é como sempre digo parafraseando um cara qualquer aí:

Zuar é preciso, viver não é! kkkk

Mosaico de Fotos do Processo Criativo e Executivo

"A Bela encontrou a Fera"

Este foi o conceito: A junção do rustico com o delicado, da carpintaria com o artesanato, tendo em vista que a marcenaria possui um acabamento mais fino e o estilo que apliquei está mais para carpintaria. Costumo dizer que a maioria das minhas criações eu faço nas "coxas", hehehe, é proposital e provocação aos marceneiros saudosistas que curtem um simulacro do KCT, se matam para ocultar emendas, parafusos, pregos, etc... Sou um Modernista Honesto, ou seja, gosto de deixar as estruturas à mostra, os métodos construtivos, usar a matéria prima como ela é sem tentar se passar por outra, usar suas supostas falhas como fator agregador de valor, de verdade e tal. E gosto princialmente de provocar aqueles xaropes que insistem em dizer que para criar uma boa cadeira, por exemplo, vai 7 anos apenas para ter coragem de sair do desenho e passar a prototipar, não vou citar nomes, só vou dizer que o mais renomado deles tem olhos puxados. kekekeke OPS

Obviamente prototipar é um jogo de erro e acertos... O ponto de crochê e o formato em círculo que escolhi não foi o mais adequado, ele estica demais e não dá estrutura para o banco que é de abrir e fechar. Fiz uma experimentação com umas sobras de corda de amarrar fórmica que tenho e ficou bom, depois usei cabo de aço de varal e resolvi o problema, ficou confortável e a turma adorou. Mas agora estou fazendo outro ponto mais fechado e já com a jogada para cobrir a barra de rosca completamente. Acredito agora que o próprio crochê vai sustentar o conjunto, vamos ver, depois posto aqui a atualização com o resultado.



Gosto de incluir minha família e amigos nas minhas criações, acabo usando eles para testar reações do público que não possui entendimento e por vícios preconceituosos do design. Este banco acabou sendo a festa na floresta, kkkkk, adoro isso. hehehe E como faço estas peças para me divertir, eis que não to nem aí se a turma na rede social, principalmente os acadêmicos, vão gostar ou vão me achar um fanfarrão. kkkk Eu sou um fanfarrão, esta é minha assinatura, sou um pseudo anarquista autodidata irônico (acabei de inventar isso).


Festa na Floresta! kkkk Banco aprovado pelo povo. hehehe Amém!!!



Mas a parte séria da minha proposta se encontra no conceito dos designers, marcenarias e indústrias de mobiliário unirem forças com os artesãos urbanos, SUSTENTABILIDADE SOCIAL, ECONÔMICA E ECOLÓGICA. Vivemos um momento de valorização do artesanato, BRASILIDADE, e maior valorização de quem fez e como fez além do produto final.
Então meus amigos...

Pretendo testar fazer uma produção em série limitada por conta própria desta peça e convidar uma boa crocheteira para atuar em parceria. Colocar em consignação em algumas lojas do seguimento aqui mesmo na minha região e tal. Como também quero fazer experimentações com outras vertentes do artesanato urbano.

Santo André, 30 de Dezembro de 2017.

Luiz Mariano
Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, filosofia, .... Pela Vida!
www.marianomoveis.com.br

Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL





quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Serviços de Corte... Você é Marceneiro ou Montador?














(Fonte da Imagem da Esquerda)



Serviços de Corte...

Quem acompanha os grupos de Marcenaria no Facebook já deve estar cansado deste tema que equipes de marketing insistem em levantar a todo momento, de forma até negativa, utilizando Fakes (perfis falsos) criados para brigarem entre si fomentando assim os debates/embates. O pior é saber que fui eu quem de certa forma ensinou isto a eles. kekekeke

Eu confesso que cheguei até a perder a paciência com esta gente e fui excluído dos grupos por causa deles e de alguns supostos arquitetos. Situação esta que acabou se mostrando favorável, pois eu precisava mesmo esfriar a cabeça, pois o que era pra ser uma atividade prazerosa e edificante se tornara uma arena de batalha exageradamente tola. As redes sociais de fato fomentam o egocentrismo, neuroses, esquizofrenias e mais uma porrada de distúrbios mentais... Somente ficando um tempo fora disso para se curar e voltar um pouco mas tolerante com a intolerância alheia. Mas deixemos isso pra lá.

Afinal...

Quem terceiriza o serviço de corte e acaba nem possuindo uma marcenaria física pode ser classificado como marceneiro ou é apenas um montador?

Mas qual a importância disso por um ponto de vista empresarial estratégico?

Aí já chega um marceneiro da velha guarda e esculacha:
E quem disse que quem trabalha com MDF é marceneiro de verdade? kekekekek

No meu ponto de vista o romantismo em relação à marcenaria se mostra improdutivo e pouco lucrativo, como também a falta de tal paixão pela atividade, um meio termo se faz necessário. Um empreendedor de marcenaria de verdade, aquela pessoa que quer sustentar sua família e quem sabe até vencer na vida com esta atividade, precisa tomar muito cuidado com as influências provenientes das redes sociais, principalmente porquê quem está por trás desta polêmica toda são as empresas interessadas e pessoas que não atuam na prática desta profissão e não vão sofrer as consequências.

Na minha opinião quem não é capaz de executar um móvel do começo ao fim não pode ser considerado marceneiro, pra ser marceneiro precisa pisar no chão da oficina e cafungar pó de madeira ouvindo o cantar da serra, quem compra tudo cortado é apenas um montador. Mas qual a importância disto? Qual perfil está lucrando mais? Qual perfil atende melhor o cliente?
Creio que seja aquele que sabe trabalhar, está com vontade de trabalhar e tem trabalho, simples assim!

Eu neste caso sou um reacionário saudosista masoquista, confesso, gosto de fazer eu mesmo o plano de corte, comprar a chapa inteira e picotar com minhas próprias mãos, adoro ouvir o barulho da serra, poucas coisas acalmam meu espírito e essa é uma delas. Porém seguindo uma visão mais objetiva e empreendedora acredito que o que realmente importa são os resultados positivos, pra mim funciona assim, mas para outros comprar tudo cortado funciona melhor, acredito nisso e respeito, respeito quem faz e acontece, quem tem atitude, e isso basta. Mas não me venham pedir para mudar de time e muito menos defender esta metodologia de trabalho, pois pra mim estamos novamente se tornando empregados não registrados dos industriais modernistas capitalistas, por uma ótica filosófica vejo isso como um retrocesso. Dominar todo o processo representa pra mim LIBERDADE, pode não ser eficiente, mas pode ser mais eficaz. Como assim? Simples... É possível lucrar mais produzindo menos centralizando todo o processo com estrutura física e equipe reduzida, e estender o entendimento de lucro para o ganho em qualidade de vida. Fora que em se tratando de Móveis sob Medida o ato de projetar e atender o cliente se mostra o verdadeiro calcanhar de Aquiles aos montadores de plantão, deveriam investir mais neste campo obviamente.

Pra mim a marcenaria sob medida foi e ainda é um tremendo fenômeno "pós-modernista" no entendimento de que se contrapõe a maioria das regras da produção em série (modernismo), seja em como executar, seja em como projetar e vender, universos que seguem a mesma direção, porém em sentidos opostos como só a física pode explicar, hehehe. E por um ponto de vista socioeconômico, eis que favoreceu a distribuição de renda descentralizando e dissolvendo a produção de móveis sob medida em pequenos produtores e autônomos. Marcenaria é uma atividade ao alcance de todos, fomenta a inclusão social, é verdadeiramente sustentável em suas três vertentes: Social, Econômica e Ecológica. Obviamente os grandes produtores, principalmente dos modulados não gostaram disto, mas como os fabricantes de chapas viram nisso um grande nicho de negócio, eis que deixaram o barco navegar livre, mas agora os atravessadores de insumos estão doutrinando e principalmente manipulando os marceneiros transformando estes em meros montadores reféns de sua estrutura.

A tecnologia vai engolir a atividade de marcenaria sob medida?

Resposta: Se fosse possível já o teria feito! Fato fractal áureo! A marcenaria atende várias necessidades complexas do ser humano, não só de quem consome os produtos e serviços, como de quem trabalha na área. Não é uma Galinha de Ouro, mas ao mesmo tempo, dentro de uma visão pós-moderna millennials onde a experiência é mais importante que o acúmulo de riquezas, podemos dizer que é a profissão/atividade do momento.

Vou parar por aqui, pois creio que já divaguei por demais! hehehe

Luiz Mariano
Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, filosofia, etc...

Santo André, 28 de Dezembro de 2017. (Quinta)

Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL