sábado, 30 de dezembro de 2017

Artesanato Urbano + Design Autoral

Banco do Paraíba


Apresento o Banco do Paraíba, uma criação de cunho artístico autoral assinado por mim que une Design e Artesanato Urbano, no caso Crochê que fiz com minhas próprias mãos. Aprendi fazer crochê e tricô com minha mãe por volta dos 8 anos de idade quando morava em Chapecó, SC. Ela me ensinou escondido do meu padastro que era machista e desde então pouquíssimas pessoas souberam disso. kekekeke

Existem muitos preconceitos nesta sociedade e eu sempre achei que os "preconceitos menores", aqueles cotidianos e banais provenientes da maldade subliminar das boas pessoas de bem ......São as que mais fodem nossas vidas! Fato fractal áureo!!! hehehe Mas hoje em dia até nas cadeias presos machos pra KCT fazem crochê, tricô e vários outros artesanatos para manter a sanidade dentro do possível. Vai dizer pra essa turma que isso é coisa de muiezinha e de desocupado fresco, vai! kekekee

Quem é hétero sofre muito preconceito no universo do design, arquitetura e artes devido ao fato desta área possuir mais mulheres e gay's dominando. Pessoalzinho este bastante encrenqueiro e invejosos que adoram perseguir qualquer pessoa que se mostre mais talentoso do que eles, passam a vida copiando o que os outros fazem, louvando os grandes e derrubando os pequenos. Sei disso por experiência própria. Mas não devo generalizar, claro, porém é uma questão de percepção, digamos assim, estatística qualitativa. rsrsrsrs Vejo isso como grande ferramenta de desmotivação, pois tem muito homem criativo se ocultando em atividades repetitivas e maçantes tidas como coisa de macho para não ter seu ego atacado por gente sem escrúpulos como estes. No fim isto representa uma perda à sociedade, ao coletivo, a meu ver. Estamos enterrando talentos por causa do preconceito, as mulheres e os gay's não respeitam os homens héteros enquanto as mães dos mesmos os criam para ser machistas e passarem a vida toda sentindo culpa e sofrendo as consequências disto. Sociedade insana de fato, problema gigantesco pouco discutido que motiva grandes tragédias. As minorias fomentam o ódio contra si mesmos, bola de neve. (...)

Mas deixemos de divagar sobre as mazelas do ser em sociedade... Porém a ideia de utilizar o artesanato urbano segue o conceito de provocar e evidenciar o preconceito da sociedade artística elitista que não enxerga valor no artesanato urbano, voltando novamente à questão do preconceito. Minha assinatura sempre foi transformar o preconceito em arte, ou melhor, transformar estímulos negativos, o senso comum e tudo mais em algo positivo, que provoque reflexão, questionamento e tal, sou um PROVOCADOR!

Tudo bem que o artesanato regional típico já está sendo explorado e valorizado pelos designers e arquitetos há tempos, se tornaram linhas de produtos de luxo assinadas por renomados, temas de TCC, defendidos em mestrados e tal... Porém minha proposta é ampliar esta visão para o artesanato urbano e o povo de periferia, também, por N motivos... INCLUSÃO SOCIAL!

Faz tempo que esta ideia de criar uma peça que une artesanato urbano com design vem martelando minha cabeça... E agora tive a oportunidade de aproveitar sobras de cordão que minha mãe me deu com umas vigas de Peroba Rosa que ganhei de uma amiga, a Marilei Molina. Tudo material de demolição como sempre. As barras de rosca foram sobras de um trabalho de marcenaria sob medida, não comprei nada, me nego a gastar dinheiro enquanto existe tanta matéria prima grátis disponível.



Quando postei estas fotos no Facebook a turma curtiu pra caramba, foi uma zueira daquelas. kekekek O objetivo era este mesmo. Poucos entenderam o que eu estava realmente fazendo, mas zuaram mesmo assim, pois é como sempre digo parafraseando um cara qualquer aí:

Zuar é preciso, viver não é! kkkk

Mosaico de Fotos do Processo Criativo e Executivo

"A Bela encontrou a Fera"

Este foi o conceito: A junção do rustico com o delicado, da carpintaria com o artesanato, tendo em vista que a marcenaria possui um acabamento mais fino e o estilo que apliquei está mais para carpintaria. Costumo dizer que a maioria das minhas criações eu faço nas "coxas", hehehe, é proposital e provocação aos marceneiros saudosistas que curtem um simulacro do KCT, se matam para ocultar emendas, parafusos, pregos, etc... Sou um Modernista Honesto, ou seja, gosto de deixar as estruturas à mostra, os métodos construtivos, usar a matéria prima como ela é sem tentar se passar por outra, usar suas supostas falhas como fator agregador de valor, de verdade e tal. E gosto princialmente de provocar aqueles xaropes que insistem em dizer que para criar uma boa cadeira, por exemplo, vai 7 anos apenas para ter coragem de sair do desenho e passar a prototipar, não vou citar nomes, só vou dizer que o mais renomado deles tem olhos puxados. kekekeke OPS

Obviamente prototipar é um jogo de erro e acertos... O ponto de crochê e o formato em círculo que escolhi não foi o mais adequado, ele estica demais e não dá estrutura para o banco que é de abrir e fechar. Fiz uma experimentação com umas sobras de corda de amarrar fórmica que tenho e ficou bom, depois usei cabo de aço de varal e resolvi o problema, ficou confortável e a turma adorou. Mas agora estou fazendo outro ponto mais fechado e já com a jogada para cobrir a barra de rosca completamente. Acredito agora que o próprio crochê vai sustentar o conjunto, vamos ver, depois posto aqui a atualização com o resultado.



Gosto de incluir minha família e amigos nas minhas criações, acabo usando eles para testar reações do público que não possui entendimento e por vícios preconceituosos do design. Este banco acabou sendo a festa na floresta, kkkkk, adoro isso. hehehe E como faço estas peças para me divertir, eis que não to nem aí se a turma na rede social, principalmente os acadêmicos, vão gostar ou vão me achar um fanfarrão. kkkk Eu sou um fanfarrão, esta é minha assinatura, sou um pseudo anarquista autodidata irônico (acabei de inventar isso).


Festa na Floresta! kkkk Banco aprovado pelo povo. hehehe Amém!!!



Mas a parte séria da minha proposta se encontra no conceito dos designers, marcenarias e indústrias de mobiliário unirem forças com os artesãos urbanos, SUSTENTABILIDADE SOCIAL, ECONÔMICA E ECOLÓGICA. Vivemos um momento de valorização do artesanato, BRASILIDADE, e maior valorização de quem fez e como fez além do produto final.
Então meus amigos...

Pretendo testar fazer uma produção em série limitada por conta própria desta peça e convidar uma boa crocheteira para atuar em parceria. Colocar em consignação em algumas lojas do seguimento aqui mesmo na minha região e tal. Como também quero fazer experimentações com outras vertentes do artesanato urbano.

Santo André, 30 de Dezembro de 2017.

Luiz Mariano
Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, filosofia, .... Pela Vida!
www.marianomoveis.com.br

Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL





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