domingo, 16 de dezembro de 2018

Como formar parcerias com Designers e Arquitetos???



Dia 8/12/2018 abri um tema para debate no grupo com a chamada:

Por que é tão difícil pras marcenarias arrumar e manter boas parcerias com designers e arquitetos??? (Link do Debate)

Vários membros postaram suas opiniões, tanto das marcenarias quanto dos profissionais de projeto, mas a designer e estudante de Engenharia, Paula Godoy foi a que mais desenvolveu o tema postando este belo texto:

Paula Godoy (Designer de Interiores)

"Como profissional vou dar meu ponto de vista e minha experiência: Não tem nada a ver com algumas coisas que li ai encima de alguns colegas, pelo menos não pra mim, a grande dificuldade de se trabalhar com marcenaria, é que muitas vezes, não temos respaldo algum.... 
O marceneiro pega 23482738234 trabalhos além do seu, mas não se preocupa em ter uma equipe, quer fazer tudo sozinho, pra não ter que dividir o lucro, aí acaba se enrolando nos prazos e quem fica na linha de frente com o cliente, somos nós, que indicamos.
Não existe um projeto técnico por trás, se quiser ter, tem que ser nosso, por isso não entendo o espanto de alguns por que queremos cobrar mais, afinal o trabalho é dobrado, pois só quem faz detalhamento técnico de projeto de marcenaria sabe do que eu estou falando.
Fora quando o marceneiro não resolve fazer do jeito dele, porque ele acha mais bonito, independente do seu projeto técnico ou não, ele acha que o artista é ele, ai complica né??
Vou te falar sinceramente, pra acompanhar projeto de marcenaria, eu cobro em média de 15% a 20% com o consentimento do cliente, em cláusula de contrato inclusive, pois a experiência me ensinou isso, não cobro RT e sim hora técnica de acompanhamento além do meu valor de projeto de criação, que são coisas distintas, afinal estudei e estudo muito pra isso, logo posso e devo cobrar sim e nunca tive problemas com isso, inclusive já teve casos, de eu analisar a situação e nem ganhando quis acompanhar (quando o cliente aparece com aquele marceneiro da família que cobra baratinho, sabe???), tenho isso no meu contrato, só acompanho aquilo que eu analiso antes e concordo, senão prefiro abrir mão do valor, pois em alguns casos, nem ganhando vale a pena, pois já teve casos do cara demorar 9 meses pra entregar o apto completo, aí o dinheiro que você ganha proporcional a dor de cabeça e chateação que você tem, não compensa, não paga nem a gasolina durante esse tempo todo de ir e vir e aguentar o cliente te pressionar a acabar rápido, logo... não é só dinheiro que está envolvido, tem que ter profissionalismo e passar segurança por que senão, não rola mesmo!!!
É importante salientar e que fique bem claro: no meu caso por exemplo, meu "patrão" é meu cliente; estou a disposição dele e ele é quem paga meu salário, logo procuramos o que é melhor para ele, então parceria pra mim, é quem atende bem meu cliente, dentro dos prazos combinados e dentro de um valor justo, pois hoje em dia, ninguém paga nada de mané, todo mundo sabe como funciona e o cliente pesquisa sim, então pra ser parceiro, é só trabalhar direitinho que, independente de ser loja (pois tem muitas que também não respeitam prazos, etc) ou marcenaria, porque no final das contas, quem escolhe pra quem vai soltar o cheque, é sempre o cliente, então hora um ganha, hora outro ganha e nós não temos muito o que fazer com isso!
A questão é competência + comprometimento = sólidas parcerias!
Porém é importantíssimo salientar: A decisão final, é sempre do cliente e não se pode ganhar todas, muitas vezes quando os clientes nos procuram, eles já sabem onde querem fechar!"
 

(Paula Godoy, Designer de Interiores e estudante de Engenharia Civil)


No caso dos Arquitetos, como motivar parcerias após a proibição do CAU em relação às famosas RT's???

Como muitos sabem, o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) através da Lei 12.378/2010, que regula o exercício da profissão como também em seu Código de Ética caracteriza como infração disciplinar o ato de receber a Reserva Técnica, que é o nome dado às comissões que corriqueiramente os fornecedores e lojistas dão aos arquitetos por indicações. (SAIBA MAIS AQUI!!!).

Aí aproveitei a presença da Designer de Interiores, Bianka Mugnatto, para questionar se tal postura também será adotada pelos DI, resposta:

Bianka Mugnatto (Designer de Interiores)

"Que bacana abordar este assunto aqui! De fato os tempos mudaram! Alias ... Tem algum tempo que o mercado esta mudando para outro rumo! Os que ainda não se reorganizaram, precisam correr e se posicionar diante deste novo cenário!
As parcerias na minha opinião são pautadas em 4 pontos básicos: 
1 - Execução do projeto técnico enviado;
2 - Qualidade de acabamento e produto;
3 - Preço; 
4 - Pontualidade e logística de entrega. 
Dai cliente satisfeito, a parceria fica selada!
Hoje, o profissional, fornecedores e fabricas já estão entendendo que a bola da vez é do cliente! É ele que esta no comando, ele tem acesso à comunicação, acesso aos produtos e consegue muitas vezes avaliar se aprova ou não aquele fornecedor. E, particularmente vejo isso com muito bons olhos, pois força o mercado a se aprimorar e aperfeiçoar! As parcerias tem que basear na TRANSPARÊNCIA! Não há jeitinho e sim competência !!
E, qualquer beneficio que extrapola a remuneração paga pelo cliente relativo ao projeto técnico detalhado /perspectivas 3D ou, acompanhamento, não é bem visto, a reputação passa a ser questionada!!
Ainda tem empresas que praticam a RT com o proposito de estabelecer uma parceria comercial, e cabe ao profissional esclarecer ao cliente tal pratica! Porem, se ele (cliente) concordar, esta tudo certo!
Novos tempos .... Parcerias com base na TRANSPARÊNCIA e COMPETÊNCIA são palavras de ordem para 2019!!!"
Bianka Mugnatto, Designer de Interiores)



Quando o arquiteto/designer manda o detalhamento técnico de quem é a responsabilidade se houver erros no projeto? Quem paga o prejuízo?

O Mestre Marceneiro Jose Benedito Poletto que administra o grupo Marcenaria BRASIL comigo possui vasta experiência tanto com produção em série quanto sob medida levantou este ponto importante...


Jose Benedito Poletto, (Marceneiro)





"Arquiteto e designer não são inimigos, faça tudo o que eles rezam, se tiver erro no projeto é responsabilidade deles. Porém muito dos marceneiros querem modificações. Assumindo o que não caberia a ele, trabalhei muito com montagem comercial. Sempre fiz conforme recebi a planta e não deu nenhum problema para mim, se errar paga de novo."






Há marcenarias que trabalham quase que exclusivamente para os parceiros arquitetos e designers...

É o caso do nobre amigo do grupo Leandro Lima, de Embu das Artes, SP:


Leandro Lima (Marceneiro)
"Não vejo problema algum. Tenho um ótimo relacionamento com as arquitetas que eu trabalho. Somos parceiros de verdade!
Entregue o que foi combinado, na data combinada, e com a qualidade acima do combinado, assim receberá o que foi combinado e não terá problema algum com os arquitetos e designers! E também não lhe faltará trabalho!!! Simples assim!!! E outra: o cliente é do arquiteto, o projeto é do arquiteto, a reforma é do arquiteto, então qual o problema de lidar com o arquiteto??
Por q o marceneiro trabalha mais e ganha menos??? Será mesmo? Gostaria de saber? Até onde eu sei os arquitetos ganham 10% do valor do pedido!!! Sendo assim o marceneiro tem 90% do valor pra comprar material e fazer o serviço!!! E também o cliente é do arquiteto, o projeto é dele, a indicação é dele, sem ele o marceneiro jamais teria acesso a alguns tipos de clientes! E quando dá algum problema na marcenaria, ou quando estoura o prazo, o cliente vai encima do arquiteto! É o arquiteto que faz o cliente acreditar na marcenaria!!! Então 10% "NA MINHA OPINIÃO" eu acho uma parceria justa!!!! ESSA É A MINHA OPINIÃO!!!!" (Leandro Lima - Marceneiro)


Minhas considerações:

Tivemos opiniões interessantes de arquitetos(as) no tópico, também, além de outros marceneiros que postaram visões negativas e positivas do tema, mas as questões que eu quero abordar agora vão muito além do que já foi mencionado pelas nobres amigos de grupo...

Luiz Mariano (Marceneiro)
Designers de Interiores e Arquitetos sabem detalhar projetos de móveis sob medida 100% executáveis podendo assim se tornar totalmente responsáveis pelo que é produzido arcando com os possíveis prejuízos?? 

E como profissionais com formação GENERALISTA há lógica cobrar deles um conhecimento técnico que só os ESPECIALISTAS em móveis conseguem fazer, e ainda com grande margem de erro??

Por que estou tocando neste assunto? Porque a problemática em arrumar boas parcerias nasce destas questões que apresentei agora.

Fiz até uma Live no grupo explanando minha visão de tudo isso (Link da Live AQUI).

Profissionais de projeto com vasta experiência prática já possuem suas parcerias muito bem estabelecidas, chega a ser impossível para as marcenarias que estão chegando agora atrair tais profissionais. O que resta no mercado são profissionais com pouca ou nenhuma experiência prática, muitas vezes recém formados que fatalmente vão cometer muitos erros até aprender a trabalhar, fator este que vai gerar muitos conflitos e prejuízos para quem não tem recursos sobrando pra tal.

Cheguei a lançar até um novo tópico complementar no grupo que obteve boas reflexões...

Qual o futuro dos diplomados? (Link do Debate)

Há duas fortes vertentes: O volume cada vez maior de "profissionais" com formação "superior" adentrando o mercado todos os anos fomentado pela oferta cada vez maior de cursos e financiamentos......A outra é a desvalorização de tal mão de obra que possui diploma, porém pouca ou nenhuma experiência prática.
No ramo moveleiro não podia ser diferente, assim como no design e na arquitetura.
O senso comum ainda vigente defendido pela autocrática Geração X é: Que se ferrem esses jovens folgados!!! Eu ralei muito pra conseguir o conhecimento prático que tenho e ninguém me deu nada de mão beijada!!!
Pois bem... Nós da Geração Y (nascidos de 1980 em diante) vamos dar continuidade nessa visão ou quebrar tal paradigma?
Só eu estou vendo tremenda OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO aqui? Ou tem mais gente que percebeu que é melhor somar competências para arrumar meios eficientes e eficazes de colocar está gente toda pra trabalhar???

Onde foi que as grandes marcas de modulados acertaram?

Foi analisando as estratégias de atuação das boas marcas de modulados que levantei várias questões nos tópicos relacionados aqui linkados... As boas marcas de modulados sabem muito bem como formar boas parcerias com designers e arquitetos ofertando a eles algo que vai além de salários fixos e/ou comissões. Eles ofertam SEGURANÇA!!!
Possuem 'ShowRoon' muito bem montado com um Projetista Técnico alí do lado disponível para que os designers e arquitetos possam atender seus clientes com total suporte técnico e orçamento gerado simultaneamente às propostas 3D. E o principal é que as medições e detalhamentos técnicos ficam a cargo da empresa, diminuindo assim drasticamente a margem de erro e responsabilidade dos profissionais de interiores que possuem vários outros profissionais/fornecedores além dos móveis para gerenciar além de dar uma atenção toda especial ao cliente, fazer o social e tal.
Outra pegada forte: Eles investem na carreira dos profissionais mais talentosos, fazem o marketing, financiam mostras, feiras, publicações, viagens para Milão, etc...
Pagam as comissões conforme combinado, dão premiações e por aí vai...

Enquanto isso muitos marceneiros sonham em fazer parcerias, porém quando conseguem uma oportunidade vão logo dizendo: Se errar o problema é dele, vai pagar pelo erro!
Caros amigos, aí eu pergunto: Um jovem recém formado, cheio de energia e com toda uma rede de amigos e familiares querendo ajudar, vários contatos com bom potencial de consumo.... No primeiro erro que ele cometer e levar 2, 3, ..... 10 mil de prejuízo tal profissional vai pular fora na hora e buscar um meio mais seguro de ganhar a vida. Isso é bom pra quem? Pra ninguém!!!
Empresas com visão empresarial sabem amenizar a margem de erro e absorvem as falhas corriqueiras, pois isso faz parte do seu negócio, resolver problemas e vender soluções. Fora que há suporte jurídico incluso para possíveis ações por motivo qualquer.

Marcenarias de alto padrão também já atuam assim há séculos, agora cabe a nós meros marceneiros mortais aprender a trabalhar em equipe. É nesta linha que defendi que uma marcenaria que quer ter um crescimento sustentável sem necessariamente migrar pra produção em série deve investir num Projetista Técnico fixo da empresa pra dar suporte aos profissionais de interiores parceiros. Assumir o detalhamento técnico como se os designers e arquitetos fossem um cliente comum e fazer eles validarem os mesmo posterior análise.

Além do mais o termo "PROJETO" vai muito além do simples ato de desenhar!
O desenho é apenas uma mera ferramenta representativa e parte do projeto, sendo assim não é necessário que um profissional só seja responsável por tudo, e isso nem é possível, pois como mencionado antes, é falta de lógica cobrar conhecimento especializado de GENERALISTAS, pois a função deles não é essa, e sim de gerenciar ESPECIALISTAS ligando os pontos e formando o quadro todo.

A marcenaria sob medida possui uma ponto negativo que é a capacidade limitada de atendimento, porém a liberdade de criação e execução que ela dá atrai os profissionais de interiores que buscam no exclusivo, customizado, sob encomenda...um diferencial para agregar valor e fazer seu nome no mercado. Com as marcenarias eles podem colocar seus projetos AUTORAIS em prática. Fora a liberdade de transitar pela marcenaria moderna e a tradicional além de poder misturar, como também complementar ou intervir em algo já existente na casa do cliente, forte tendência até.

A marcenaria que puder inserir em seu sistema o máximo possível de tudo que aqui mencionei estará vários passos à frente das demais. Isso que eu chamo de agregar valor fugindo do crescimento físico, pois a maioria das ações requerem apenas boa vontade.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Andre Manzano: PARCERIA e CRIATIVIDADE no gerenciamento da CRISE:


Levantei um tema pra debate no Grupo Marcenaria BRASIL com esta chamada:

O que você aprendeu com a crise?
O que você foi forçado a fazer que 

numa situação comum jamais faria?

E o designer e lojista de Modulados, Andre Caetano Manzano de Indaiatuba, Interior de São Paulo, postou um depoimento que achei bem interessante o qual me motivou a escrever esta matéria no Blog.

"Tudo uma questão de necessidade e do que realmente gosta de fazer de se sentir bem. Com essa crise tive que me movimentar para manter meu “negócio” de pé. Tinha uma loja Dell Anno com 600m2, mas o faturamento caiu drasticamente, comecei enxugando a estrutura de loja, carros de entrega, depósito, marcenaria de apoio, ferramentas, até chegar ao ponto de ter que diminuir o quadro de funcionários, se não tem clientes não preciso de um monte de vendedor, logo não preciso de um monte de montador. Terceirizando a mão de obra, entrega e montagem. Reestruturação das funções, quem fazia A, agora faz A+B+C. Mesmo assim a loja não se paga, custo fixo alto, show room desnecessário, percepção que o cliente não procura mais marca, bandeira, status, ego,.. procura preço, serviço e custo benefício. Então cortei contrato com a Dell Anno, fiz pesquisa de fornecedores a qual tenha realmente um valor justo ao produto oferecido e não me engessasse à sistemas de gerenciamento que só favorecem eles mesmos. Troquei a bandeira agora com marca própria, subloquei o ponto comercial, adicionei mais 5 segmentos ou CNPJ no espaço, loja de iluminação, loja de revestimento, uma imobiliária, uma loja de fotovoltaica, uma certificação digital e eu com móveis planejados. Unimos a carteira de clientes, fazemos ações de propaganda e eventos juntos, dividimos tudo, até o papel higiênico. Colocamos um nome a este novo espaço “CASA`ABERTA”, e a intenção é criar outros espaços como este em outras cidades, com os mesmos ideais. Está funcionado. Hoje tem um monte de empreendedores querendo entrar neste novo espaço que criamos." (Andre Caetano Manzano)

Loja Nova com Marca Própria:

André, sua vendedora Joyce Lipa e sua esposa Cissa Manzano

Conheci o Manzano nas Comunidades de Projetistas e de Promob do Orkut onde tivemos bons debates de Marcenaria versus Modulados. kekekeke Ele se tornou uma AUTORIDADE em PROMOB e hoje possui um dos maiores grupos de debate do seguimento: PROMOB - DESIGN DE INTERIORES, com mais de 18 mil membros, o qual acabo de ser convidado para ser um dos administradores, hehehe, nunca mexi com o Promob, mas isso é detalhe besta. kkkk

Eu também passei por situação complicada com minha marcenaria e a saída encontrada foi enxugar o máximo possível as despesas fixas e passei a trabalhar totalmente sozinho. E posso afirmar que só agora estou tirando lucro do meu negócio e tendo uma qualidade de vida melhor sem tanta preocupação. Hoje busco agregar valor ao meu trabalho ao invés de tentar crescer fisicamente e vender volume, hoje defendo aquilo que chamo de VENDER UMA EXPERIÊNCIA DE PROJETO.
E agora começo a sociabilizar mais e quem sabe em breve farei como o Mestre Manzano fez: Buscar parcerias para dividir despesas e somar forças. Mas outra coisa que aprendi com a crise é não ter mais pressa de nada e pensar a médio e a longo prazo.

Segue a página profissional do Andre, bora dar uma CURTIDA lá:

E não deixem de participar do grupo de Promob:

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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Marcenaria 4.0 do Antonio Carlos Carvalho, vulgo ACC:



O que viria a ser o termo Marcenaria 4.0?

O termo marcenaria 4.0 surgiu de forma inusitada aqui neste grupo em uma live (transmissão ao vivo) do marceneiro Ismael Vieira, de sua oficina no Texas – EUA, numa colaborativa intenção de tentar esclarecer o caloroso tema que rolava no grupo naquele momento, que até então chamávamos de Marcenaria do Futuro, mas que na verdade era apenas uma corrente que já rolava no mundo e estava sendo conhecida como Revolução Industrial 4.0. No finalzinho de sua dissertativa, o Ismael Vieira acabou soltando o “Marcenaria 4.0” pela primeira vez na face da terra, portanto, o Ismael Vieira é o legítimo pai da criança.

A partir desse momento passamos a trocar o Marcenaria do Futuro por Marcenaria 4.0, apenas como uma alusão ao novo conceito global que acabara de começar a viagem pela net, que com o passar do tempo ganhou força no nosso segmento de marcenaria e agora muito se fala em Marcenaria 4.0 – tentaremos explicar:

O termo Industria 4.0 é originário como resultado de um projeto de estudo de estratégias do governo alemão afim de identificar como chegamos até aqui, como seguiremos daqui por diante e onde poderemos chegar (essa é uma interpretação particular).

De um modo geral os estudiosos do projeto pontuaram que o mundo passará por três revoluções industriais:

A primeira, que ocorreu por volta dos anos de 1700 na Inglaterra, na indústria de tecido com o surgimento da mecanização dos teares, que até então era basicamente uma lenta produção manual, seguida pelo surgimento do motor a vapor, desencadeando na segunda revolução industrial, com a descoberta e emprego de fontes de energia, como o motor a combustão.

A terceira revolução industrial se deu logo após a segunda guerra mundial com a compreensão dos princípios da tecnologia e a robotização das coisas, nos trazendo até aqui, com a velocidade e tecnologia da informação, virtualização das coisas, comunicação e consequente interação, tendo como notório e icônico arauto o popularíssimo Smartphone.

A grosso modo, Marcenaria 4.0 é apenas um termo jeitoso que passamos a empregar para tentar descrever as facilidades que nos é oportunas neste nosso terreno, mas de um modo geral, não podemos dizer também que o termo Marcenaria 4.0 não tem nenhuma ligação com o conceito Indústria 4.0 - essa é a nossa interpretação.

 Antonio Carlos Carvalho, o Rei da Marcenaria 4.0!!!


O que é Marcenaria 4.0 segundo o Gustavo Felipe Maske da Cortcloud ....


  

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domingo, 2 de dezembro de 2018

Cortecloud e Hellomob: A tecnologia ao alcance das pequenas marcenarias



Quando fui convidado pelo Gustavo Felipe Maske da Cortcloud a conhecer melhor o sistema proposto por sua empresa, obviamente torci o nariz, pois embora eu seja um millennial que por natureza curte se antenar nas inovações digitais, também sigo a forte tendência da Geração Y de apreciar o ARTESANAL, o que me leva à Marcenaria Tradicional, ou seja, centralizar todos os processos na minha própria oficina, fazer tudo com minhas próprias mãos, cafungar e pensar pó de madeira literalmente. E conforme defendido no artigo da Marcenaria sob Medida Disruptiva, poder ter total LIBERDADE DE CRIAÇÃO e EXECUÇÃO unindo o antigo com o novo, a tecnologia com as velhas metodologias de trabalho.

Mas por que torci o nariz?

Porque tal sistema promete revolucionar os serviços de terceirização de cortes e bordeamentos já ofertados pelas revendas com uma comunicação efetiva via computador ou APP no celular direto com as mesmas, onde você pode fazer o plano de corte e orçamento além dos pedidos que serão automaticamente enviados para a produção na central de serviço cadastrada mais próxima. Fora isso há um nível mais avançado que disponibiliza módulos editáveis através do Hellomob, que é um plugin 3D para SketchUp que pode ser utilizado na versão Make (versão grátis que pode ser baixada pela internet) que possuem parametrização pré-definida de furação e usinagem que uma vez enviado o pedido via Cortcloud este vai direto pro CNC que hoje estão disponíveis nas melhores centrais de serviço esparramadas por vários estados deste amado Brasil.


Será que finalmente a soberania do Promob está ameaçada? hehehe
Cheguei até a ficar entusiasmado com as possibilidades que tal sistema permite, porém depois fiquei sabendo que para o corte e bordeamento o Hellomob identifica módulos criados do zero pelo próprio usuário e exporta, mas o sistema mais avançado com furação e usinagem ficamos refém da biblioteca disponibilizada pelo plugin que segundo o Rei da Marcenaria 4.0, Antonio Carlos Carvalho, tá muito fraquinha ainda e precisa ser melhor implementada. Mas os usuários mais avançados podem e estão ajudando o sistema passando seus feedbacks, o que gradualmente tornará o sistema cada vez mais completo.

Eu o o ACC chegamos a fazer uma Live ao Vivo nos grupos hoje para falar do tema onde ele mais me enrolou do que esclareceu como funciona o Hellomob  + Cortcloud, mas dá pra ter uma ideia inicial da capacidade do mesmo.

(Assista a Live AQUI)

O Cortecloud permite a compra de meia chapa, este é um dos pontos positivos!
E pode ser usado com MDF, MDP, Compensado e OSB.
O Hellomob permite trocar automaticamente os acabamentos da modelagem 3D com as opções dos principais fornecedores já cadastrados depois exportando com qual foi escolhido para o pedido.



Eles possuem um Curso Pago ministrado pela D3Decor que você pode ter maiores informações AQUI. O custo pode parecer meio elevado, mas para quem se propõe a trabalhar com móveis sob medida com alto valor agregado não deve se assustar. (rsrsrs). Fora que qualquer erro banal no processo pode custar bem mais do que isso.

A Marcenaria Raiz é ameaçada pelo Cortecloud?

Obviamente o ACC (Antonio Carlos Carvalho, o Rei da famigerada 4.0) vai criar a maior polêmica no seu grupo Marceneiros de Plantão para provocar os mimizentos como sempre, porém numa conversa inbox com o Gustavo da Cortecloud ele deixou claro que admite que o grande diferencial competitivo da Marcenaria é a customização, o sob medida de fato, o exclusivo, o extraordinário. O Cortecloud não veio pra ACABAR com a Marcenaria Tradicional, e sim SOMAR, tirar das mãos do marceneiro as caixarias simples e repetitivas, o volume, para deixar esse com tempo livre para trabalhar nos serviços especiais que não dá pra terceirizar, eis a jogada proposta, a qual concordei plenamente. Temos que admitir que caixarias de MDF não é Marcenaria Raiz, logo...

Tal sistema promete na verdade CAPACITAR ainda mais as Marcenarias sob Medida Disruptivas a concorrer com os grandes fabricantes de modulados e marcenarias mais estruturadas, trazendo maior EFICIÊNCIA e EFICACIA nos processos como um todo.

O ACC na Live veio colocando pilha de que este sistema vai facilmente ser dominado pelo consumidor final que vai lá sozinho nas Centrais de Serviço fazer o móvel dele, se o marceneiro não aderir vai ficar pra trás. Obviamente eu defendo que isso vai ocorrer sim, de qualquer maneira, porém será em casos pontuais, pois a turma ligada a engenharia, ferramentaria, TI são vidrados nestes desafios, mas uma vez saciado o EGO eles voltam a contratar os profissionais para trabalhos maiores e complexos, falo isso por experiência própria.

Com certeza os marceneiros mais jovens e os iniciantes vão assimilar tal ferramenta com maior facilidade, mas nada impede que os filhos dos donos das marcenarias mais tradicionais auxiliem seus pais nesta empreitada visando atualizar o negócio que vão herdar o quanto antes.

No fim vejo com bons olhos e identifico potencial na proposta.
Assim que possível vou testar a ferramenta na prática e volto a postar minhas considerações.

Maiores informações sobre o Cortecloud acesse o site: www.cortecloud.com.br

Luiz Mariano
(Autodidata apaixonado por Marcenaria, Design, Arquitetura, Arte, Filosofia, etc...)

Grupo Marcenaria BRASIL

Grupo Marceneiros de Plantão

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