sábado, 30 de dezembro de 2017

Mercado pós-crise.



Estamos aqui na véspera de virar o ano e entrar em 2018 que promete ser mais leve. Acredito que a retomada do crescimento de nosso país seja lento, porém crescente e sem grandes solavancos. Fica evidente que o povo cansou de falar de crise, se acalmou e agora cada um esta passando a tocar sua vida da melhor forma possível. Não gosto de ser pessimista, mas percebo que passamos por tudo isso atoa, toda essa briga contra a corrupção e as prisões “para Inglês ver” apenas serviram para tirar o poder das mãos de uns e passar para as mãos de outros, nada mudou, nada mudará. A corrupção é um problema cultural no Brasil, é congênito, o povo é corrupto. Quero estar errado, quem sabe tudo isso foi o despertar de uma nova consciência, né?

Agora nos resta ponderar sobre os efeitos da crise no comportamento dos consumidores...

Uma das características da minha geração, os millennials (a geração Y, pessoas nascidos entre 1980 e 1990) é a ansiedade exacerbada, mania de grandeza, dependência pela tecnologia e vício com redes sociais, uma enorme capacidade intelectual podada por uma personalidade dramática, sensível, que não gosta de ser contrariado nem a pau, geração MIMIMI como é chamada. Tal geração que está beirando os 40 anos agora e começando a sair da casa dos pais sofreram a experiência de sua primeira grande crise. Tinham uma autoestima e expectativa super elevadas, achavam que iam mudar o mundo, criar negócios fantásticos, trabalhar só naquilo que realmente gostavam e acreditavam e tal. Mas os anos passaram e a maioria desses grandes heróis não conseguiram nem comprar uma casa própria e ter a tão sonhada independência financeira, quem dirá a independência emocional. Pra falar a verdade o emocional é o seu grande ponto fraco, o Calcanhar de Aquiles, pois realmente criaram grandes e inovadores negócios, realmente eram intelectualmente mais capacitados que seus pais e avós, porem a falta de capacidade de gerir o seu próprio emocional e de seus colaboradores acabaram minando seus resultados. Falo por experiência própria, pois sou um desses millennials frustrado de merda que se achava o tal e se fudeu gostoso. Kekekeke

Estou focando na geração Y porquê esta geração é a que está agora entrando no topo dos consumidores em potencial e entender como suas cabeças funcionam é de vital importância ao sucesso dos negócios. É uma geração de mimados bem informados devido à Internet e Redes Sociais que vão a todo custo querer provar que ter informação é sinônimo de inteligência, mas não sabem digerir tantos dados e ficam perdidos nas mãos dos influenciadores digitais fakes maquiavélicos demoníacos (odeio eles e quero que queimem no inferno, kekekeke, zueira) e vão chegar ensinando o profissional como fazer o serviço, não são consumidores pacíficos que aceitam tudo sem questionar, questionam até de forma agressiva e desrespeitosa cada detalhe sem nem mesmo perceberem tal falha de postura. Nessa onda as outras gerações anteriores também embarcaram de cabeça, então devemos sempre ser sinceros e prever reações devido ao senso comum criado pelas redes, tolerar o comportamento e deixar de ser igualmente emocionalmente fraco, não dê tanta importância para o que os clientes dizem que possa te afetar, pense sempre que se trata de um negócio, seja firme o suficiente para agregar valor, mas não tão firme que possa fazer o cliente ter um ataque de MIMIMI e perder o negócio. Kkkk Costumo dizer que temos muito a aprender com a postura autocrata da geração X que tem certeza de tudo o que faz mesmo estando totalmente errados e saem derrubando qualquer pessoa que ficar na frente, devemos usar uma pitada disto em nossos temperos. Nem sempre as pessoas vão concordar com a gente, e se tratando de negócios, quase nunca, sempre vão querer tirar proveito de nossa necessidade de fazer tudo certinho, pelo menos na nossa ingênua visão idealista de merda.

Outra característica marcante dos millennials é a necessidade de gerir múltiplas tarefas, eles não conseguem focar num só projeto por vez, não conseguem ou não gostam. Não vejo problema algum nisso, costumo defender que devemos ter uma atividade que pague as contas e tentar ter o máximo de tempo livre para testar novas ideias sem esse compromisso sufocante de obter resultados financeiros.

Seção auto ajuda... Repete comigo: Deu tudo errado no seu plano mirabolante de ficar rico salvando o mundo? Foda-se! Hehehe
Sim... É hora de diminuir as expectativas e por conseqüência a ansiedade, dar uma pausa nas idéias grandiosas e revolucionárias e passar a dar valor nas coisas simples da vida, no poder do trabalho diário de subir um degrau por dia, sem pressa, construir algo grande ainda, mas um tijolo por vez. Dar valor no que já conquistou, revisar os erros do passado, recuar, reduzir custos, aprender o valor da humildade não deixando o ego e a capacidade de sonhar ser afetado pela crise.

Dinheiro deixou de ser anjo ou demônio e passou a ser apenas uma necessidade básica!

 Estudos demonstram que agora todo mundo vai parar de se endividar tanto e vão passar a esperar ter condições reais, dinheiro no bolso, para dar um passo maior. Eu mesmo consegui reverter minha caótica situação financeira paralisando e isolando os erros do passado no passado, dando mais atenção para o que estava dando resultados favoráveis, dispensando todos os funcionários e passando a trabalhar completamente sozinho e reduzindo todos os custos possíveis. Estou atendendo um cliente de cada vez e fazendo atividades que me trazem paz e prazer, porém sem retorno financeiro, em paralelo para esfriar a cabeça e parar de ser tão obcecado com o negócio como eu era antes. Parei de dar importância e de até incentivar as críticas de parentes, amigos e conhecidos que não pagavam minhas contas e não ajudavam em nada, como também aos palpites e mais palpites dos clientes que adoravam me ensinar a tocar meu negócio sem real experiência alguma sobre a causa e tal. Questão de amadurecimento ao meu ver, eu queria ser perfeito, agradar todo mundo, mas agora sei e aceito que isso é impossível, que o que realmente importa são resultados favoráveis dentro da maior ética possível.

Não basta fazer o certo, a coisa tem que dar certo!

A grande sacada agora para o universo da marcenaria sob medida, design de interiores e arquitetura é deixar a idéia de fazer volume e ter estrutura física inchada de lado e passar a valorizar o lucro real fugindo de faturamento bruto elevado somado a um alto grau de responsabilidade e risco. Nunca o termo “menos é mais” foi tão adequado. É tempo de pés no chão, de agregar valor subliminar, intangível, aos produtos e serviços ao invés de se aventurar em grandes jogadas, automação, expansão, contratação, empréstimos, etc. E os consumidores já estão fazendo o mesmo. ECONOMIZAR é palavra chave! Devemos crescer em QUALIDADE, não em quantidade. Se posso lucrar mil vendendo 10 mil, por que vou correr o risco de ter prejuízo vendendo 100 mil? Não adianta querer produzir algo que vá competir diretamente com as grandes indústrias automatizadas e tentar fazer volume na base de sacrifícios, devemos fazer aquilo que as indústrias não conseguem fazer, atender necessidades que é impossível ou inviável a elas por N motivos. Chega de pensar como modernista foco, força e fé e passar enxergar as possibilidades que uma atuação pós-moderna pode trazer, algo que segue a estética modernista contemporânea, porém seguindo processos mais sob medida, respeitando mais o individualismo, atendendo nichos mais específicos de gosto mais refinado, uma pegada mais artesanal até. Mais humana, menos máquina e processo.  

Consumo consciente, adquirir apenas o que é realmente necessário às necessidades diretas e indiretas, uma nova visão onde ter experiências passou a ser mais importante que acumular bens, tudo isso são mais características desta geração Y, questão está que está totalmente certa, devemos parar de entrar em conflito com os valores das gerações anteriores em nossa cabeça e viver o melhor possível do jeito que a gente é, nos aceitar, nos firmar, é isso aí! Hehehe E com isso preparar um mundo mais leve para nossos filhos, com menos cobranças, menos ganância, menos, menos... Maior qualidade de vida, lembrando que tudo é uma questão de percepção, até a realidade.

Não! Não vou abordar temas pseudo religiosos/espirituais, pois acredito que o momento de fazer as pazes com o universo místico já foi, 2018 é hora de se voltar ao plano físico caindo de cabeça na realidade, no concreto, tendo em vista que se estamos no plano físico é obvio que temos um fundamento a cumprir com ele, então mãos à obra e chega de esperar que Deus resolva todos os nossos problemas, o máximo que podemos fazer é pedir força e partir para a ação sem euforia. Fato fractal áureo. Muito louvável da parte dos millennials esta retomada às preocupações espirituais, busca pela verdade metafísica e tal, mas essa mesma verdade nos revela que é hora de cair na real, buscar um equilíbrio entre espiritual e físico, somar tudo e viver melhor em todos os campos, em todos os aspectos. Busque o equilíbrio entre seu lado negativo e o positivo, seja um ser completo, coloque a mão esquerda pra trabalhar junto com a direita, os dois olhos fixos num foco e atento a visão periférica. hehehe

O ser humano é um todo, não é apenas metade ou uma parte! 
TOTALIDADE! INDIVIDUAÇÃO!!!

FELIZ ANO NOVO CAMBADA DE VAGABUNDAÇOS! KEKEKEKE


Santo André, 30 de Dezembro de 2017.

Autodidata apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, filosofia, comunicação, etc... Pela vida!

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