sábado, 30 de março de 2019

Visita à Unidade da Duratex de Itapetininga - SP:



Nesta quinta, dia 28 de Março de 2019, tive o prazer de visitar a Unidade da Duratex de Itapetininga, interior de São Paulo, a convite da Léo Madeiras de Santo André. Deixo aqui já de antemão meus agradecimentos ao Wellington gerente da Léo de SA, ao Marques e à Andreia que são os vendedores que me atendem há anos e à toda equipe da Léo de Santo André pela oportunidade, obrigado mesmo.

(Fonte da Imagem)

Devido aos reflexos da crise em 2015 a Duratex optou por paralisar as atividades desta unidade só voltando em abril de 2018. Recontrataram 90% dos antigos funcionários e modernizaram a produção inserindo a Linha Cristallo (Alto Brilho) que só esta unidade produz (Saiba Mais Aqui) e Madeirados de MDF e MDP, como também o foco em exportações. Essa unidade trabalha 24 horas de segunda à sexta, emprega por volta de 400 funcionários fora os empregos indiretos. Conta com 295 mil m2 de fábrica e produz em média 540 mil m3 de MDF por ano, fora o MDP.

Possuindo pontos de plantio de eucalipto esparramados por todo o Brasil com coleta e seleção totalmente automatizada, os troncos são estocados no pátio, depois descascados e triturados em várias etapas, separado das impurezas, aquecido nas caldeiras e por aí vai... As cascas vão para as caldeiras para gerar energia biotérmica assim como o material rejeitado na seleção de qualidade dos processos.



Uma experiencia incrível poder entrar ali e ser recepcionado com toda a atenção pelos encarregados de cada setor. Dividiram nosso grupo em grupos menores e andamos por toda a fábrica seguindo o caminho que o eucalipto percorre até se tornar chapa e depois receber o acabamento e ser plastificado.

O nível de automação e organização da fábrica é surpreendente, a força humana na maioria dos processos só entra em ação quando há algum problema nas máquinas, pois até a seleção da matéria prima é automática. Achei interessante que o supervisor que fica sentado na frente dos computadores reveza com o agente de campo, acredito que isso seja para evitar o sedentarismo e ao mesmo tempo ter mais gente capacitada para atuar e cobrir faltas em mais processos.

Uma das coisas que mais chamou a atenção de todos foi a espessura de material que vai na esteira da produção do MDF antes da prensa, não lembro ao certo, mas tem uns 20 a 25 cm, enquanto do MDP é por volta de 10cm, depois da prensa fica com 18mm de espessura no caso, isso prova como o MDF utiliza mais recursos em geral para ser produzido.


(ShowRoon da Fábrica dentro das Dependências)

Depois da caminhada pela fábrica fomos prestigiar o mais novo ShowRoon que construíram exatamente para recepcionar os representantes, parceiros e consumidores visitantes. Um acabamento mais bonito que o outro, show de bola.

Criticas Idiotas (mimimi):

Setores que percebi que a automação não chegou e dificilmente vai chegar é o da limpeza e o da inspeção de qualidade, tinha funcionários literalmente de quatro no chão em volta da prensa limpando o acumulo de felugem e na inspeção de qualidade das chapas depois da fusão do papel impresso com resina sobre a mesma essas são levantadas para visualmente serem analisadas e descartadas via comando humano, algo bem artesanal mesmo, kekeke. E no papel impresso, de tão fino que é vive quebrando e há um desperdício enorme deste material que não é reaproveitado, fora que na formação dos palites do papel depois da aplicação da resina quatro colaboradores fazem o processo praticamente no manual havendo ainda mais material sendo descartado por falhas neste processo.

Fica aí minha crítica e a certeza que a automação pseudo 4.0 sempre será parcial com carências de eficiência e eficácia nos menores detalhes. hehehe (Se eu não criticar algo eu não sou eu! kkkk)

Em tempo... Critico também a localização do refeitório bem ao lado da rodovia, se um caminhão perder o controle ali entra com tudo dentro do refeitório, sinistro isso, tanto espaço colocaram o brumadinho bem debaixo da barragem, apocalíptico de fato. #OPS heheheeh O almoço tava bão, mas aquela água adocicada com maçã sem açúcar, hummmmm, tava boa também, vou reclamar não! kekeke #PAREI??

E esse negócio de não poder filmar e nem tirar foto???.... Depois pode filmar, tirar foto, fazer live... Os funcionários posaram até pra selfies na maior moral... Aí o organizador chega na hora de ir embora e diz: Apaguem tudo, pois a política da empresa não permite divulgação! kkkkkkk Foi cômico para não dizer antiético. Fato!




Palestra e debates:

Antes do almoço houve uma breve palestra onde o gerente geral falou sobre a história da Duratex e da Unidade de Itapetininga, sobre a matéria prima e os processos, as reviravoltas na atividade da fábrica mediante a crise e muito mais...

Foi defendido pelo palestrante que os marceneiros precisam fomentar uma maior união do setor e passar a praticar valores mais adequados que garantam a lucratividade do processo. Evitar prostituir o mercado, investir em inovações e capacitação em gestão.

Depois passamos a interagir num debate interessante onde deixaram claro o interesse deles em explicar os motivos do preço do produto e principalmente fomentar a linha Cristallo que é exclusividade desta unidade produzir.

Eu tomei a palavra e revelei o conteúdo dos debates em nossos grupos de marcenaria onde a dificuldade do marceneiro em vender produtos de maior valor agregado está na precificação dos móveis. Quando é por metro quadrado os marceneiros querem ir pro mais barato para garantir a venda e o lucro. Quando é x2, x3 e x4 o valor do material tratam os produtos mais caros da mesma forma que os mais baratos mesmo quando o trabalho é o mesmo, inviabilizando assim o processo, pois não querem correr riscos.


Conclusão:

É evidente que as Marcenarias Disruptivas estão tomando cada vez mais o protagonismo no mercado moveleiro. Há uma forte migração dos clientes dos modulados como também da produção em série voltado às Lojas de Magazines para o nosso lado. E desde de sempre todos sabem que por volta de 80% do mercado sempre foi nosso. Dentro deste contexto é natural uma aproximação cada vez maior dos fabricantes de insumos e das revendas junto aos marceneiros formadores de opinião. Vejo com bons olhos esta parceria e passo a criticar essa mania besta dos marceneiros odiarem os clientes, fornecedores e industrias se trancando em suas marcenarias como gatos escaldados. Passou da hora da gente se valorizar e cobrar da nossa sociedade aquilo que nos é de direito.

E nada mais disruptivo que as Marcenarias, pois atendemos a demanda do povão com produtos/serviços bons e baratos que atendem às necessidades, porém há a possibilidade de uma crescente disputa pelos mercados mais abastados junto aos modulados/planejados.

Que fique claro que nós da Marcenaria BRASIL não possuímos nenhum tipo de vínculo com a Duratex e Léo Madeiras, e abrimos o espaço para os outros fornecedores e fabricantes também expor seus produtos e serviços.
 




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2 comentários:

  1. Show....Participei da visita e tive muitas experiências. Um grande abraço. Ótimo conteúdo.

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