sexta-feira, 4 de março de 2022

É possível não copiar a natureza? (SEMIÓTICA)


Wall House 2
John Hejduk



"O arquiteto John Hejduk baseia parte de suas teorias nas concepções estéticas de Immanuel Kant, que define a arquitetura como uma arte de formas que, embora devam responder a uma utilidade, como fato artístico não é governado por um propósito específico e, portanto, a forma de arquitetura não tem seu início na natureza, mas em algum fim arbitrário."
Fonte: https://circarq.wordpress.com/2017/09/25/john-hejduk-el-arquitecto-que-dibujaba-angeles/

Apresentei este texto a seguir no grupo Global Archicteture inspirado nesta citação fazendo referência à filosofia de Immanuel Kant, o qual defende a possibilidade de dissociar a arquitetura da natureza. E isso me fez lembrar também do livro "O Homem e seus Símbolos" de Carl Jung, onde ele defende que o Expressionismo Abstrato e seus intelectuais elitistas abraçaram uma tremenda falácia a afirmar com tamanho orgulho que conseguiram criar uma arte totalmente livre da influência da natureza, para Jung eles nada mais do que copiaram inconscientemente o universo microscópico mineral e orgânico, depois com o advento do microscópio isso ficou mais do que comprovado, sendo assim copiaram a natureza microscópica.

É possível não copiar a natureza? Ou todas as áreas do conhecimento humano são totalmente submissas a essa entidade maior?


Na resolução deste problema/desafio precisamos partir da premissa de que o termo "natureza" é relativo, amplo, complexo, ambíguo, contraditório..... Possuí múltiplos significados que abrem margem para infinitas interpretações....
Sendo assim a primeira coisa a fazer é criar um sistema de regras, uma bolha, onde o significado de tal termo deixe de ser abstrato e se torne concreto, simples, objetivo. Daí você começa a construir sua tese a partir de tais regras, se não conseguir atingir o objetivo, volte atrás e mude as regras. Hehehe
Mas uma coisa se mostrará tautológica: A NATUREZA sempre estará no CENTRO da questão, o ponto no meio do círculo, SOBERANA!!!!

Então podemos e devemos concluir que a Natureza seja o Grau Zero, o início de tudo, e tentar fugir dela é caminhar em círculos? E ao fechar o círculo em 360 graus voltaremos ao ZERO??? Kkkkk Mas eu disse que a Natureza era o CENTRO da questão, o ponto no meio do círculo, não disse? Como agora ela foi parar no início e no fim do mesmo círculo? Mas renegar a natureza não é da natureza humana, um comportamento previsível, talvez até arquétipo? E se não fosse por tal comportamento não andaríamos em círculos que nem barata tonta e não haveria o próprio círculo, talvez nem a natureza existiria, será? Então devo concluir que a natureza está em tudo? Será que até no pós morte, no pós fechamento do círculo??? Do pó veio, ao pó voltarás???


“Na Natureza, O NADA CRIA, nada se perde, tudo se transforma”.
(Parafraseando Lavoisier)====> NADA = ZERO


Bora lá..... O 'faveladinho' insolente vai resolver essa questão.... Como pode a Natureza ser o Centro, o Grau Zero e 360 Graus ao mesmo tempo? Ou seja, a natureza é o próprio círculo, assim como as suas partes, como? Sei que vão me acusar de fugir da questão central, mas vou alegar que isto é mentira, pois eu bem disse que a questão central é a Natureza, não disse?

... como aqui é um grupo de arquitetura administrado por um 'marcineiru' não arquiteto, vejo-me na obrigação de utilizar a geometria para desenvolver tal tese de doutorado em 'metafacetruques', bora lá.... Comecei resolvendo a questão de compreender que o ponto inicial é em si um círculo menor que se movimenta em círculo formando um círculo maior à partir do círculo menor que formou o maior, e tal redundância não poderia ser mais oportuna em evidenciar os fatos tautológicos de que estamos diante de um lupe infinito, oras pois... Isso demonstra claramente que há um sistema dentro do outro, e do doutro, e do outro...






















... mas aí ficou faltando uma coisa muito importante... Cadê o ponto no meio dos círculos??? Daí comecei a associar tal geometria com todo a filosofia por mim acumulada nesta longa meia vida... Há o coletivo que pode ser representado pelo círculo maior e há o indivíduo que por consequência é representado pelo ponto menor no meio do círculo maior, pois cada indivíduo é o centro do próprio universo, ou seja, de seu campo de percepção da realidade e de influência mutua, correto? Então podemos concluir que cada indivíduo obviamente se movimenta em círculos junto com o círculo maior que representa o coletivo para formar um sistema ainda maior e mais complexo, fato? E olhando bem, temos aqui um tipo de espiral, acredito eu, mas não tenho plena certeza disso, não ter certeza de nada é da minha natureza, confesso. hehehe Onde parei???






















[Mensagem subliminar]: O ponto no meio do círculo, ou seja, o indivíduo possuí um papel central, determinante, na criação e manutenção de todo o sistema? Pois a geometria apresentada deixa isso evidente, não deixa? Guerras Mundiais acontecem porquê uma única pessoa determinou que ela deve acontecer, será? É esse um bom exemplo??? Todas as regras sociais foram criadas por meia dúzia de pessoas que já morreram há seculos e seus atos e ideias continuam a formar círculos cada vez maiores que viajam em espiral no Espaço & Tempo???

Em tempo.... O ponto no meio do círculo junto com o círculo, o indivíduo junto ao coletivo, se movimentam juntos para criar um círculo ainda maior, mas o que representa exatamente este círculo maior? A história? O tempo? O registro de nossa existência? O futuro? O destino?

Esse ensaio todo pode parecer brincadeira, e realmente é, sou um cínico irônico sarcástico que não sabe ao certo o significado desta trindade de signos arbitrários (cínico, irônico e sarcástico), eu poderia pesquisar, mas isso ia diluir minha retórica prolixa, então eu me permito tal licença poética, pois o administrador do grupo sou EU, sou uma autoridade aqui, sou sim, não sei até quando, mas... Vejam bem, usem óculos se preciso for, mas vejam bem... Este ensaio é análogo ao que ocorre em nosso Universo Manifestado, percebam como uma partícula menor acaba construindo uma partícula maior que por ilusão de ótica passamos a acreditar se tratar de uma estrutura maciça, oras pois, pois é... Bem sabemos que a matéria não existe, tudo o que existe é energia, vivemos mergulhados numa ilusão de ótica, deveras. Bem capaz que nosso universo inteiro foi criado à partir de metafóricos grãos de areia jogados ao vento que passaram a girar em redemoinho, bem possível sim. Sendo assim podemos concluir que a Natureza é também uma ilusão? Ou ela não é o que parece ser? Ou a natureza maior, soberana, seria o ZERO, o NADA, o enorme vácuo entre uma partícula e outra, aquilo que os alquimistas chamavam de Éter??? Eis o universo não manifestado, será??? https://www.otempo.com.br/opiniao/leonardo-boff/a-materia-nao-existe-tudo-o-que-existe-e-energia-1.217793

Se a Natureza é o NADA, o Vácuo primordial, então se tornou ainda mais impossível não copiar a natureza ou acabo de provar que tudo o que construímos é arbitrário a tal natureza? Mas não acabo de provar por A+B que a matéria não existe de fato, se ela não existe passa a ser o NADA, então volta a ser a expressão máxima da própria natureza novamente? Vixi! Andei em círculos de novo, lamentável!! kkkkk

[Conclusão Tautológica Complementar]: Meu discurso não só caminhou em círculos, ele entrou e saiu do abstrato, do metafísico, inúmeras vezes, transformando a realidade numa ilusão, e a ilusão numa realidade... Nossa mente individual, como a coletiva, também age e reage desta mesmíssima forma ilusória circular espiral, não é verdade? Mas a verdade existe? Se ela não existir seria a Natureza a VERDADE??? Então pronto!!! O irracional é a metade da laranja, fato fractal áureo. PONTO - CÍRCULO - MOVIMENTO - VIDA - MORTE.

Associação Lógica com a ARTE:


Santo André, 04 de Março de 2022. BRASIL

Luiz Mariano 

AUTODIDATA apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, debate, filosofia, etc...

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