domingo, 6 de fevereiro de 2022

UM metaCAPITALISMO que requer um metaURBANISMO...











Só lembrando que o prefixo “meta” significa ir além do sufixo “ismo”, visa transcender o sistema vigente... Sendo assim não abracem logo de cara o preconceito gerado de antemão a esse termo pelos neoliberais de plantão, vamos transcender isso, combinado?

Nos bastidores nosso Sistema já é Híbrido, uma mistura de tudo...

Capitalismo não pode ser mais sinônimo do Regime Liberal, pois todos os países do mundo utilizam o capital e são interconectados, a China é Comunista e se tornou a maior Potência Econômica da atualidade, logo...

E mesmo o nosso Capitalismo Ocidental é em si uma mistura de tudo, de todas as filosofias, um Sistema Complexo na prática.

Em um fórum do Grupo de Arquitetura Brasileiro, levantado pelo nobre amigo Leandro Pereira de Sousa, postei uma reflexão holística sobre as problemáticas que são corriqueiras no mês de Janeiro referente às chuvas e enchentes que assolam várias regiões do Brasil... E como a Especulação Imobiliária possuí culpa no cartório devido a gentrificação dos centros urbanos, ou seja, como a população mais pobre é empurrada para as periferias e acabam invadindo as margens dos rios e córregos ficando totalmente vulneráveis às fases chuvosas do ano que estão ficando cada vez mais intensas. (Veja o Fórum AQUI). 

Se a especulação imobiliária é um dos causadores destes males, como acabar com esse jogo de forma pacífica? Se moradia e segurança é um bem comum garantido pela constituição como colocar isso realmente em prática? Se o sistema capitalista é fundamentado por um lado na escassez, medo, preocupações, crises periódicas, sabotagens que anulam a meritocracia, divisão e luta de classes, exclusão social... e pelo outro temos o individualismo egocêntrico, acúmulo de capital, bens, títulos, exploração, especulação, ....

Como mudar o sistema de forma igualmente pacífica, orgânica?

Minha sugestão será polêmica, e algo que foge da alçada do Brasil e seu governo, pois bem sabemos que há uma Governança Global Tecnocrata que sabota todos os países, principalmente o Sul Global, e principalmente agora que esta Engenharia Social das Mudanças Climáticas está em pleno vapor, fora os preparativos para a próxima Revolução Tecnológica que plaina no ar.

Para a Revolução ser pacífica ela precisa começar de cima para baixo, começar dos 1% mais ricos, e ir envolvendo toda a sociedade em efeito cascata... Em enxame...  Antes de mudar a forma de agir precisamos mudar a forma de pensar, o senso comum vigente, os valores.

E se tratando de necessidades básicas das massas é preciso deixar as regras capitalistas liberais de lado e estabelecer parcialmente um Sistema Socialista/Comunista........ Criar um Sistema Complexo onde harmonicamente estas três vertentes políticas vão coexistir em essência, cada uma atuando onde ela se mostra mais eficiente e eficaz...

Não estou sugerindo trocar de regime, e sim promover uma evolução incremental no próprio Regime Capitalista Ocidental se apoderando da essência positiva de cada filosofia citada, desta trindade (liberalismo + socialismo + comunismo)... E pra falar a verdade já é algo colocado em prática... Governos em si já possuem uma essência socialista intrínseca, pois como já foi dito, a expressão máxima do liberalismo não se encontra no primeiro setor (governo), e sim no segundo setor (mercado, iniciativa privada)... E com a pandemia e auxílios emergências até os EUA, berço do liberalismo, agora estão migrando para um socialismo em essência, não importa qual nome vão batizar esse processo pra fugir de termos não aceitos e suas conotações negativas... Já o terceiro setor (ONG's, Cooperativas, Fraternidades, Autarquias, Associações, etc...) é por essência comunista..... Já vivemos uma realidade pluralista, quer queiram aceitar ou não, resta agora entender tal sistema e evoluir ao invés de querer regredir no tempo. 

E os 1% mais ricos já estão atuando neste sentido que apresento... Na verdade só estou expondo os fatos, o que já está acontecendo no Globo, não estou inventando nada de novo, nada espetacular. FATO!!!

Volto a afirmar, nesta Guerra Semiótica basta mudar os termos pra vencer a batalha... tipo... Bolsa Família para Bolsa Brasil ... e assim por diante... AS COISAS SÃO SIMPLES ASSIM, eis a complexidade...

Sobre o metaURBANISMO...

Minha proposta me parece muito óbvia, o próprio prefixo "meta" já define tudo, o urbanista precisa ir além do urbanismo, precisa adquirir uma visão verdadeiramente holística, uma visão de todo, para assim poder levantar propostas que realmente atendam às Necessidades Complexas da Sociedade e seu desenvolvimento, para isso é necessário atuar em equipes multidisciplinares promovendo o debate interdisciplinar. A grosso modo, simplificando o conceito, eis que a intervenção em uma única rua precisa fazer parte de um planejamento macro que visa o desenvolvimento e o bem funcionar do organismo completo, de todo o sistema, não só daquela rua, do comércio local e seus moradores. É necessário uma visão verdadeiramente generalista que pode ser fruto de uma só mente que promove o debate democrático ou de uma equipe, onde se soma os campos do conhecimento das ciências exatas e humanas, levar em consideração os impactos econômicos, sociais e ecológicos de cada ato em total harmonia com o todo, mas sem desprezar as exceções, claro.

Muitos reclamam da fraca voz política e atuação medíocre dos urbanistas no planejamento das cidades e nas inovações incrementais do sistema como um todo... Mas bem sabemos que além disso há o partidarismo que mina qualquer boa intenção de ambos os lados da moeda, assim como torna impossível uma ação que junta tudo e todos com uma visão holística, complexa, abrangente e que conecte completamente questões MACRO com MICRO numa só UNIDADE. Os partidários sempre vão se ver obrigados a favorecer seus apoiadores mesmo que isso vá contra o BEM COMUM, assim como vão ser obrigado a derrubar as propostas de seus opositores mesmo que tal proposta seja o melhor para o COLETIVO, eis os joguetes para se manter no poder, como mexer nisso?

Outro desafio é fazer isso de forma democrática, pois preciso lembrar a todos que TECNOCRACIA não é sinônimo de DEMOCRACIA, pois num processo realmente democrático todas as esferas da sociedade são consultados e convidados a participar do processo, até as esferas religiosas. Precisamos da INCLUSÃO e apoio de todos para que a coisa funcione, mas obviamente nunca haverá um consenso em nada, mas o processo precisa permitir e ouvir a voz de todos. 

QUAL A SOLUÇÃO??? 
Resposta: TOMAR CONSCIÊNCIA DE TUDO!!! 
Uma vez que o indivíduo e toda a sociedade passam a ter consciência das falhas do sistema, eis que organicamente tais falhas já passam a ser combatidas ou melhor administradas, pois como resolver um problema se você não percebe que ele existe e como ele funciona? 

Vejo aqui a oportunidade de associar ao tema este ensaio que postei no Grupo Global Architecture  dia 03/02/2022:

"[REFLEXÃO]: O mal.... O que é o mal?
Muitos dizem que a o mal é a ausência do bem, da luz, de Deus!!!
Para entender o que é o mal preciso começar tentando entender o que é o bem, quem é Deus?
Meu primeiro palpite é que Deus seja CONSCIÊNCIA, caso eu esteja correto, onde há plena consciência não há o mal, correto?
Posso sugerir que a ausência de consciência se caracteriza como uma doença mental, talvez? Sendo assim uma pessoa maldosa pra valer, aquela capaz de praticar atrocidades diversas é uma pessoa com doenças mentais? Meu caro amigo, se estamos diante de uma tautologia onde redundantemente falarei que estamos diante de uma verdade absoluta, e assim cairemos em grande desgraça em tal redundância, pois bem sabemos que todos os seres humanos possuem algum tipo de distúrbio mental (neuroses, vícios, esquizofrenias, depressão, ansiedade, pânico, etc...), sendo assim fatalmente vamos ser obrigados a concluir que o mal habita a mente de todos os seres humanos, correto?
Mas se o mal não é algo consciente, então não podemos nos culpar quando o praticamos? Creio que de qualquer forma há uma responsabilidade não assumida aí, pois a consciência deveria buscar incansavelmente se tornar consciente do mal praticado, e uma vez que se torna consciente do mal que pratica, este deve parar imediatamente de praticar o mal e tentar se redimir de seus atos, aí vem o sentimento de culpa, conseqüência da tomada de consciência, algo negativo que visa cristalizar a informação nesta mente que se tornou ainda mais consciente, certo?
Neste mesmo ângulo, quando tomamos consciência de nossos distúrbios mentais nos colocamos no início do caminho da cura, a tomada da consciência já é a própria cura ou um meio de contornar e melhor conviver com tais distúrbios travando seu potencial negativo que afeta o individuo e o coletivo ao mesmo tempo, pois realmente todos somos um.
Vamos começar... Quais os meus distúrbios? Quais os seus distúrbios??? "

Luiz Mariano 

AUTODIDATA apaixonado por marcenaria, design, arquitetura, arte, debate, filosofia, etc...

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