segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Cobrar por Metro Quadrado é realmente um chute???




Segue um vídeo rápido explicando como cobrar por Metro Quadrado:

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Os números falam mais do que palavras!

 Elaboração de Preço de Venda:

Índices de Referência (%):
Material -------------------------------------------------35%
Custo Operacional-------------------------------------45%
Lucro Líquido (Não é Prolabore)--------------------20%
(Fiz muitos testes e cálculos pra chegar nestas porcentagens, não convém explicar agora).

Preço de Venda (PV)= Custo Operacional (CO)+ Material (MT)+ Lucro Líquido(LL)+

Como calcular custo operacional sobre cada serviço é difícil usamos os índices anuais como referência. Assim podemos usar esta Fórmula:

Preço de Venda(PV) = Material(MT) dividido por 35%

Por exemplo um serviço onde gastaremos R$ 500,00 de Material ficaria assim:
PV = R$ 500,00 / 35% (Calculadora)
Ou melhor
PV= R$ 500,00 / 0,35 (Computador/Excel)
PV =R$ 1.428,00

Cobrando por metro quadrado:

Vamos imaginar que esse material de R$ 500,00 foi usado pra fazer um Gabinete de 2,55m (Comprimento) x 0,7m (Altura). Ou seja, 1,785m2.
Agora pegamos esses R$ 1.428,00 e dividimos por 1,785m2.
Resultado =  R$ 800,00 p/m2. Esse é o valor a ser cobrado por m2 em cima de serviços semelhantes. Mas aconselho cobrar por m2 só cozinha completa e conjunto de quarto. Essa jogada pra serviços pequenos, só um gabinete por exemplo, não funciona muito bem, pois basta o Cliente pedir só gavetas pra dar prejuízo ou se pedir só portas ficará muito caro! Mas dentro de um projeto maior as coisas se equilibram. Dificilmente um Cliente irá pedir gavetas na cozinha inteira e se pedir é só cobrar mais caro.

Observação: É bom acrescentar que existem várias situações em que seguir regras não é viável. Um exemplo é a Lei da Oferta e da Procura. Fim de ano, por exemplo, é prática comum cobrar mais caro e o mercado aceitar.
Há serviços em situações especiais que dá pra agregar mais valor. Prazo curto, por exemplo! E existem também serviços especiais com um grau de dificuldade de execução ou montagem maior que devem ser bem cobrados.

Como calcular Faturamento Mínimo:

Essa informação é muito importante no estudo da viabilidade de um negócio como um todo e principalmente quando queremos investir. Quero abrir um ShowRoon, por exemplo. Quanto será necessário ampliar meu faturamento atual para sustentar mais essa Despesa Fixa junto com as Variáveis? É viável?

Para calcular o Faturamento Mínimo é preciso levantar uma média de no mínimo 3 meses (Melhor 1 Ano) de quanto você precisa para manter sua empresa funcionando (Custo Operacional).

Custo Operacional = Despesas Extras + Despesas Fixas + Estimativa de Impostos sobre Faturamento Médio  

Observação: O certo é calcular o Preço de Venda Prévio primeiro pra só depois lançar os Impostos, Comissões e Margem para Desconto pra chegar no Preço de Venda Final, mas vamos simplificar as coisas.

Exemplo:

Fiz um cálculo estimando meu Custo Operacional Atual. Descobri que juntando tudo e fazendo uma média preciso de R$ 4.000,00 p/mês pra cobrir as despesas em geral da minha Pequena Marcenaria.
Sabendo que o índice ideal do Custo Operacional é 45% podemos usar a Fórmula:

Faturamento Mínimo = Custo Operacional dividido por 45%
Então:

Faturamento Mínimo = R$ 4.000,00 / 0,45
Faturamento Mínimo = R$ 8.888,00

Conclusão: Se você faturar menos que R$ 8.888,00 Bruto seu lucro vai cair podendo até levar prejuízo. Se faturar mais seu lucro aumenta. Mas sabemos que existe a questão da sazonalidade onde um mês bom cobre o outro ruim e o Lucro Real só pode ser medido anualmente.

Vamos inserir um ShowRoon nos cálculos:

Digamos que pra sustentar um ShowRoon meia boca em um salão alugado você aumentará suas despesas em R$ 3.000,00 (Aluguel de mil, funcionário de mil e mais alguns gastos). Vamos deixar de lado o investimento inicial com Móveis e ambientação e modificações periódicas que são necessárias pra manter o ShowRoon funcionando.
Vamos lá: R$ 4.000,00 + R$ 3.000,00 = R$ 7.000,00 de Despesas em Geral

Faturamento Mínimo = R$ 15.555,00 (que pode ser uma média mensal)

Observação: O certo é estabelecer uma Meta de Faturamento pra cada mês em especial observando os relatórios de venda bruta dos anos passados.

Conclusão: Se você abrir um ShowRoon você será obrigado a Faturar e Produzir o DOBRO!
Isso é viável?
Você tem capacidade de produção pra isso? Lembre-se que aumentar a capacidade de produção significa aumentar as Despesas que por sua vez significa aumentar a necessidade de Faturamento.
Também tem outra questão! 20% de R$ 15.555,00 é 3 mil! Vale a pena?
Pra aumentar esses 3 mil você terá que faturar e produzir muito mais do que 15 mil e quinhentos. Ou cobrar mais caro pra mexer nos índices(%) ou cortar gastos de alguma forma.
Basta uma oscilação de mercado ou um calote pra melar o caldo. O negócio é sério! Muito movimento pra pouco LUCRO!
Ampliar as Vendas e Produção sem aumentar as despesas fixas é o ideal. Investir em uma máquina, por exemplo, não é despesa fixa. Pagou ta pago! Comprar um salão próprio é a mesma coisa. Mas alugar um salão maior, abrir ShowRoon ou contratar  mais funcionários é perigoso. Pra isso devemos estudar muito e observar se realmente é necessário! Será que isso trará retorno?
Só vale a pena assumir novas responsabilidades se o Lucro aumentar também, caso contrário poupe a dor de cabeça! Mas observamos muitos Micro-Empresários que vão inchando a Empresa só porque quer e acha bonito crescer!
É por isso que eu optei por manter minha empresa enxuta e agregar valor ao serviço, ou seja, cobro mais caro só que faço por onde.
Obviamente que um só Cliente pode cobrir sua necessidade de faturamento (é por isso que eu gosto deste ramo), mas é bom não ficar contando com isso a menos que você já tenha um bom nome no mercado e esses Clientes aparecem com freqüência.

Como elaborar seus próprios índices:

Primeiramente você precisa de um Relatório Mensal e no fim de todo mês fechar as contas, lançar todos os dados em um Relatório Anual e abrir uma nova Planilha (Excel) para levantar os dados do outro mês separados.

Convém dividir as entradas e saídas em Capital de Clientes, Gastos c/ Material, Funcionários, Despesas Fixas, Despesas Extras, Investimentos, Pró-labore (pode entrar na planilha de funcionários), Conta Corrente ou Poupança (uma planilha para cada conta indexada ao caixa), Contas à pagar, Promissórias à receber, Serviços e Prazos em andamento e por fim uma Planilha para demonstrar o total de cada item para uma visão geral.

Ao concluir pelo menos três meses de operação você já pode utilizar seu Relatório Anual para elaborar uma média entre os valores e calcular a porcentagem em relação à entrada de Capital de Clientes. É importante perceber que Entrada de Capital não é a mesma coisa que Vendas, é interessante montar uma Planilha separada dentro do Relatório Anual para computar os dados referentes à Vendas citando se é à Prazo ou à Vista e quantos clientes foram atendidos em cada mês para levantar a média de gastos de cada cliente.

Caso alguém não tenha entendido é só postar sua dúvida aqui!

A importância da Estatística...

Um micro-empreendedor precisa se libertar da necessidade de viver num mundinho supostamente seguro e milimetricamente calculado. No mundo dos negócios usamos amplamente os conceitos da Estatística, onde o que importa é a MÉDIA e não os resultados de cada mês em si.

Volto a citar que devemos observar a operação financeira da empresa com uma visão anual, e não mensal.
Não tente CONTROLAR, apenas CONDUZA!
Presta atenção na boiada ao invés da mosca!

É aplicando os conceitos da estatística que chegamos à uma fórmula simples e segura de cobrar por Metro Quadrado sem riscos. Para isso devemos primeiramente seguir um padrão geral nos móveis e atendimento que pode ser dividido em dois ou mais patamares. Podemos estabelecer área mínima (recomendado) e abandonar a idéia de se preocupar se o Cliente pediu ou não uma gaveta a mais ou uma prateleira. Devemos cobrar por m2, apresentar o leque de opções e conduzir o Cliente na melhor solução.

Eu, por exemplo, cobro um preço diferente para gabinetes/balcões dos armários aéreos que possuem menor profundidade.

Agora em serviços especiais é necessário cobrar por material. Devemos analisar estes serviços pelo olhar do marketing. Eles nunca darão tanto lucro quanto a parte que pode ser padronizada, mas serve para encantar o Cliente e como diferencial. É por isso que devemos analisar a obra como um todo, e pelo contrário do que todo mundo pensa, ganhar mais no simples e empatar custos no complexo!

Dá pra cobrar mais caro no complexo principalmente quando o Cliente quer apenas o Complexo e já possui as caixarias (cozinha, dormitórios, etc.). Neste caso seria interessante até desfazer do serviço ou meter a faca, pois este Cliente só ta querendo socar o caroço e nunca vai servir um filé. Só se ficar evidente uma possibilidade de indicações fortes.

Resumindo...

Devemos aprender e principalmente gostar de lidar com VARIÁVEIS!

(Autodidata Apaixonado por Marcenaria, Design, Arquitetura, Arte, Filosofia, Debate, etc...)

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