sábado, 8 de fevereiro de 2020

A possível DESREGULAMENTAÇÃO da ARQUITETURA:




Breve histórico da epopéia virtual:

Minha primeira paixão foi pela marcenaria, com 14 anos de idade comecei a me interessar por esta área inspirado por meu pai que fazia artesanatos de madeira por hobby. Fui me interessando por móveis sob medida, e como sempre fui bom desenhista e aprendi muito sobre desenho técnico no SENAI Jacobi Lafer de Santo André e outros conhecimentos na ETE Lauro Gomes de SBC... Por volta dos 18 anos acabei montando marcenaria própria onde eu mesmo fazia os projetos que ia executar com as próprias mãos contando com a ajuda de uma pequena equipe. Fui naturalmente me interessando pela arquitetura por causa da marcenaria, logo depois fui apresentado ao design...

O senso comum entre os marceneiros na época era de que para se ganhar dinheiro com marcenaria era preciso fazer parceria com arquitetos, pois bem.. tentei, mas tive péssimas experiências. Talvez devido ao meu conhecimento de projeto que acabava entrando em conflito com o EGO dos fulanos, ou pelo fato de que marcenaria pequena só pega arquiteto recém formado querendo fazer bucha pra cliente bucha, ou arquitetos da construção civil que nada sabem de interiores, mas pensam saber e possuem aquele acéfalo ódio mortal dos prestadores de serviço em geral.

Daí veio as redes sociais, esse estrondoso fenômeno, primeiro o Orkut onde conheci profissionais de várias áreas relacionadas e iniciamos nossas pseudo militâncias, evidenciamos os preconceitos entre as classes e tentamos sem sucesso transcendê-los. Depois no Facebook fomos até as últimas consequências, meu grupo do Facebook Marcenaria BRASIL se tornou palco de debates fervorosos entre designers e arquitetos com participação especial dos marceneiros e hobbystas, era a festa na floresta, rolava muito barraco. kekekeke Em primeiridade via isso como algo muito produtivo, fazer as pessoas interagirem, promover a convergência para discutir nossas divergências, tinha espírito, paixão, era poético... Mas o grupo lotou de perfis fakes das mais variadas entidades de classe com as mais variadas intensões, minha pessoa passou a ser perseguida dentro e fora da rede, como se para barrar o movimento bastava barrar o Mariano, assim absurdos passaram a ser banais. Fakes se passando por arquitetos do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) me humilharam várias vezes em público e perseguiram outros membros...

Participei de bobo alegre do movimento dos designers e designers de interiores pela regulamentação da classe que foi fortemente combatida pelo CAU, depois veio a famosa Resolução 51 que foi utilizada para impôr Reserva de Mercado entrando em conflito com apenas 17 outras profissões reconhecidas pelo MEC.... O recém formado Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) parecia vampiro recém transformado sedento por sangue, estavam comendo mais que lima nova, e se tornaram extremistas atuando em conjunto nas mais variadas conspirações contra tudo e contra todos, uma verdadeira caça às bruxas que resultou na Guerra das Borboletas, como ficou conhecida a desavença entre os designers e arquitetos decoradores entre a turma da engenharia e demais áreas. kekeke É rir pra não chorar de rir, claro! kekeke

Sou AUTODIDATA, por esse motivo sempre fui muito perseguido tanto nas redes sociais quanto fora delas, queriam forçar eu fazer uma faculdade de qualquer jeito, como se eu representasse um risco ao sistema já falido. Até que eu quis fazer, e ainda alimento essa ideia, mas minha empresa sempre sugou muito do meu tempo, depois veio a crise que me quebrou assim como quebrou todo o Brasil. Só que acho um absurdo o desejo dos arquitetos levar a Reserva de Mercado ao cúmulo de querer proibir apaixonados pela profissão como eu de dissertar sobre tal tema na rede, de gerar conceitos e estudos variados, debates, pois a meu ver a prática ilegal da profissão se restringe a obra construída, Construção Civil, onde atuação de leigos ou profissionais sem a devida formação coloca em risco a segurança do coletivo. Sou uma pessoa responsável e ética dentro do possível que a vida me permitiu, jamais derrubaria uma parede sem contratar um engenheiro ou arquiteto pra ser o responsável técnico da obra, fora isso estamos falando de interiores, e interiores não é arquitetura, ou é?

Hoje tenho que agradecer ao governo por não ter aprovado a regulamentação dos designers de interiores, pois se tivesse sido aprovada teria designer invadindo o jardim da infância para denunciar as crianças com seus desenhos nas aulas de artes. Não! Não estou exagerando, queria estar.
A profissão de Design de Interiores conseguiu um tipo de REGULAÇÃO, é bom lembrar, é diferente da regulamentação que ocasionaria o surgimento de um novo Conselho de Classe dos Designers, fato! Mas ainda temos a ABD (Associação Brasileira dos Designers de Interiores) aí bancando o Conselho de Classe e perseguindo quem fica contra seus mandos e desmandos, lamentável, tratam de qualquer assunto, menos do design, lamentável mesmo. Um monte de gente simples se filia todos os anos nessas associações em busca de algum respaldo e acabam financiando eventos e promovendo gente escolhida a dedo pelos dirigentes, uma verdadeira panelinha, muito mais do mesmo sempre. Tem seu mérito, mas qual mesmo?

No início os cursos de Técnico em Design de Interiores e Tecnólogos estavam bombando, existia até bacharel em design de interiores, acreditem, mas aí veio e Resolução 51 do CAU restringindo a profissão e humilhando profissionais da área em eventos públicos, isso desanimou os estudantes, houve uma migração maciça para a arquitetura e agora que a turma acabou de se formar ou está se formando o que temos?

PEC 108/2019 (Proposta de Emenda à Constituição):

Elaborada pelo governo Bolsonaro tal proposta em tramitação visa tornar a filiação a essas entidades algo opcional, o que vai levar a uma fatal redução de arrecadação dos conselhos de classe inviabilizando por completo suas atividades.
Tal preocupação escancara que até os conselhos sabem do total descrédito por parte dos profissionais em relação a sua existência e necessidade... Conselhos de Classe são realmente necessários? Se sua única missão é fiscalizar o exercício ilegal das profissões que representam risco a população, tal responsabilidade não poderia ficar a cargo de um único órgão governamental já existente atuando mediante denuncias e ações preventivas? E quais as atividades que representam verdadeiramente risco ao coletivo mesmo? A arquitetura é uma delas?

A proposta também visa tornar tais conselhos pessoas jurídicas de direito privado... Na iniciativa privada o bicho pega meus queridos, e ainda mais sem ter sua arrecadação garantida por lei... Apocalipse chegando, é o FIM!

Obviamente que todos acham muito difícil tal emenda ser aprovada, mas creio que o verdadeiro intuito do governo é passar o recado: Baixa a bola aí meus amigos que o oba oba acabou e o país precisa se recuperar da crise. Fato! Em momentos assim é normal e necessário o desfrouxar das regras para promover o Livre Mercado, promover o empreendedorismo principalmente dos autônomos que buscam um meio de retomar suas vidas num cenário pós crise e não possuem estrutura para arcar com tantas exigências de tais conselhos e do mercado como um todo. Não vem ao caso discutir aqui o que seria o ideal, e sim o que é real e necessário por um determinado tempo, depois tudo muda conforme a reação positiva do mercado, as coisas sempre forma assim, bem sabemos que crises são cíclicas e contínuas, uma regulação natural drástica do sistema para conter o consumismo e demais exageros da sociedade como um todo, oscilamos entre o positivo e o negativo desde os primórdios do homem em civilização, fato.

PL 9818/18 do Deputado Federal Ricardo Izar (PP/SP):

Sim! Além da PEC do governo o CAU está levando chumbo grosso de vários outros conselhos e associações de classe. Esse Projeto de Lei (PL) visa derrubar a Resolução 51 do CAU que impôs as atribuições dos arquitetos sobre 17 outras profissões estabelecendo uma inconstitucional reserva de mercado estrondosa sem ética para com os demais. Fiquei sabendo que há mais PLs em tramitação além dessa que com certeza foi promovida pelos designers de interiores (ABD), mas nem vou pesquisar e postar aqui, não vem ao caso. Tudo muito previsível.

Conspiração para a Desregulamentação da Arquitetura:

Há uma evidente conspiração orquestrada, possivelmente pelos engenheiros, abrindo campo para que isso ocorra... Qual profissão representa real risco ao coletivo? E quantos arquitetos atuam na Construção Civil?
Eu estimo que 90% dos arquitetos trabalham com interiores... Se a maior desculpa para não regulamentar devidamente os Designers de Interiores foi a questão de que essa profissão não representa risco a segurança e saúde pública, automaticamente a arquitetura também não, pois no fim as duas profissões são na verdade DECORAÇÃO. Quando aparecer algo mais perigoso basta contratar um Engenheiro para acompanhar a obra, não acham?

Tudo começou lá atrás quando os Arquitetos foram influenciados a sair do CREA e montar o CAU, isso é mais claro que 1+1=2... E recentemente o CAU-RJ andou até ensaiando peitar as Mílicias devido aos prédios que andaram caindo na comunidade da  Muzema.... A OAB andou tendo umas desavenças com o presidente... e muitas outras coisas que nem fiquei sabendo.... Resultado: PEC 108/219, bingooohhhh.

A grande questão que fica no ar: A Arquitetura em si vai sofrer alguma perda real sem a atuação agressiva do CAU??? Alguém que possui mais conhecimento sobre o tema e mais sanidade mental do que eu pode por favor postar nos comentários sua opinião? O povo quer e merece saber, pois todos vocês trabalham para nós, correto?

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