Estava eu e o Poletto discutindo sobre as “manifestações
demoníacas” (kkkk) atuantes nas redes sociais atualmente que almejam manipular
por este meio, em conjunto a ações físicas, toda a cadeia produtiva do nosso
setor. Como tanto eu quanto o Poletto somos malucos, com mania de perseguição e
conspiração, eis que nos achamos no dever e obrigação, assim como o Dom Quixote
de la Mancha e o Sancho Pança, de lutar bravamente contra estes grandes,
maquiavélicos e extremamente perigosos moinhos. (kkkk)
Pois bem... Nós da Marcenaria BRASIL desde tempos
longínquos, lá no Orkut, iniciamos um movimento de valorização e união das
profissões envolvidas por meio do debate sadio (nem sempre, kkkk) entre as
partes levantando diversos temas. E ano passado o tema Regulamentação do Design
e Design de Interiores virou o assunto em pauta, regulamentações estas que
naufragaram juntamente com toda a Política e Economia do nosso amado e sofrido Brasil.
Até então estas “Forças Demoníacas” eram contra a aproximação e união das
classes, bloqueavam qualquer ação neste sentido, foi o que aconteceu com o
nosso Projeto Áquila que visava uma dinâmica entre designers e marceneiros de
lugares diferentes do Brasil se juntando na criação de peças de cunho artístico
autoral utilizando sobras da marcenaria ou matéria prima reciclada, pegada no
lixo; foi uma verdadeira GUERRA o que deveria ser muito simples e produtivo,
mas conseguimos mesmo assim realizar algumas peças bem interessantes e em breve
vamos dar continuidade a esse movimento. Mas agora mudaram da água pro vinho,
devem ter arrumado uma formar de faturar sobre isso, e passaram a fomentar a
união das classes partindo dos grupos de marcenaria que são os únicos que se
mantiveram ativos e produtivos, marceneiros se comunicam, diferente dos
designers e arquitetos que só sabem ficar de MIMIMI, nós marceneiros metemos o
loko, foda-se! kkkkkkk
Até vejo com bons olhos, porém já vou logo avisando que este
público (designers, arquitetos, decoradores, artistas, engenheiros, etc.) são
tão ou mais revoltados do que eu, e basta sentirem o cheiro de manipulação no
ar para debandarem geral. Fórmulas enlatadas de marketing meia boca não
funciona neste meio, sendo assim joguem limpo, cheguem em público e abram o
livro negro, quem sabe não podemos nos ajudar, reciprocidade é a palavra de
ordem. Falem logo que porra de produto ou serviço querem vender e parem de
tentar manipular o que é impossível controlar, pois esta gente tem opinião
própria, fato!
Neste bate papo o Poletto se empolgou legal e soltou uma
avalanche de questionamentos bastante pertinentes embasados nos debates
recentes dos grupos envolvidos e interligados:
Somos obrigados a engolir o que a industria tenta nos
empurrar?
Por que essa mania de copiar Milão se perpetua? Até quando?
Devemos continuar a seguir tendências e modas pregadas pelos
planejados/modulados? Ou as marcenarias podem e devem explorar sua liberdade
criativa/produtiva?
Você deixaria suas próprias idéias de lado submetendo-se ao
padrão por eles estabelecidos apenas por que é mais fácil e supostamente mais
lucrativo?
E essa tentativa de empurrar o MDP ao mercado sob medida?
Será que essa ação para melhorar a imagem ruim que o MDP herdou do Aglomerado é
nobre ou mais uma tentativa de manipular o marceneiro a abrir mão de seu
diferencial perante às marcas populares de modulados?
Tenho que possuir todas maquinas de ponta oferecidas para
atuar no mercado e ter uma boa lucratividade?
Só posso projetar seguindo o softwares do mercado como o Promob
e seus modelos pré concebidos? Ou existem formas de fugir destes programas
especializados do setor?
Como ter uma identidade diante a tanta alienação num mercado
onde tudo parece cópia? Onde copiar deixou de ser uma vergonha e passou a ser
uma prática banal?
E essas tabelas que a ABD e o CAU teimam em impor ao mercado
enquanto bem sabemos que cada profissional de projeto explora um nicho
diferente, possui deveres e obrigações desproporcionais e formas diferentes de
captar seu lucro???
E estas campanhas contra a famosa RT??? Seria a ética uma
possibilidade real ou apenas uma utopia cobrada de apenas uns coitados pegos
para Cristo?
E essa tendência do faça você mesmo? Isso não desvalorizou a
profissão de marceneiro tendo em vista que temos cada vez mais hobbistas
desrespeitando os profissionais nos grupos e no mercado? Tais hobbistas, que
perderam seus empregos por causa da crise estão invadindo o mercado e
produzindo móveis que cedem com o próprio peso, pois ainda não possuem noção de
estruturação e utilização de ferragens. O cara assiste meia dúzia de vídeos no
Youtube e sai vendendo móveis sob medida utilizando os serviços de corte e
bordeamento dos fornecedores, outro tiro no próprio pé do mercado. Será que
esta democratização do setor é mesmo favorável ao coletivo a médio e longo
prazo? Qual será o futuro deste mercado?
E esse pessoal que arruma um Promob pirata e estão invadindo
as redes com uma avalanche de projetos (se é que podemos chamar propostas 3D de
projetos) sem ergonomia, estruturação e demais conhecimentos técnicos
indispensáveis vendendo de 50 a 100 conto o ambiente? Bastou aprender a mexer
no Promob já é projetista?
Qual a diferença entre marceneiro e caixoteiro?
Kkkkkkkkkkkkkkk
O velhaco meteu o loko!!!
José Benedito Poletto |
Luiz Mariano |
Grupo do Facebook: Marcenaria BRASIL
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